Criança morre após dar entrada três vezes na UPA de Palmeira com febre e tosse

Publicado em 01/06/2023, às 10h27
Familia da criança a levou três vezes, em dias seguidos, na UPA de Palmeira dos Índios | Foto: Reprodução / Prefeitura de Palmeira dos ìndios
Familia da criança a levou três vezes, em dias seguidos, na UPA de Palmeira dos Índios | Foto: Reprodução / Prefeitura de Palmeira dos ìndios

Por Eberth Lins

Uma menina de apenas um ano de idade morreu nessa quarta-feira (31) após dar entrada pela terceira vez na Unidade de Pronto Atendimento (UPA)  Dra. Helenilda Veloso Pimentel Canales, em Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, com um quadro febril e de tosse. 

A criança deu entrada na UPA na segunda e terça-feiras, dias 29 e 30, sendo liberada nas duas primeiras vezes após atendimento. Na manhã dessa quarta-feira (31), a criança foi levada mais uma vez à unidade. 

Segundo informado pela Prefeitura de Palmeira, responsável pela administração da UPA, a menina "estava sem febre, mas apresentava quadro convulsivo e, após um período de desconforto respiratório, não resistiu e faleceu".

Ao TNH1, a assessoria de comunicação da Prefeitura informou que as causas das mortes serão investigadas e que um laudo será divulgado posteriormente.

"O prefeito Júlio Cezar determinou na noite desta quarta-feira (31) que a Corregedoria Municipal, a Secretaria Municipal de Saúde e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) apurem, no prazo de 15 dias, as causas que levaram a óbito uma criança que, desde a última segunda-feira (29), deu diversas entradas na Pediatria 24h. A sindicância vai avaliar, inicialmente, a conduta dos profissionais, com base nos protocolos e o laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO)", traz a nota.

Segundo a Prefeitura, a equipe médica da Pediatria 24h informou à família da criança que seria necessário passar pelo SVO para que o óbito fosse investigado pela perícia forense. "A direção médica conversou com a família, repassou todos os procedimentos anotados no prontuário e explicou a importância de investigar a morte", disse o município.

O gestor da cidade cobrou publicamente a apuração das responsabilidades. “Não podemos classificar como algo normal, porque houve um óbito de uma criança. Quais os procedimentos? Foram pedidos exames laboratoriais? Exames de imagem? Que tipo de protocolo os profissionais seguiram? Precisamos apurar as responsabilidades e buscar respostas para a família, aos pais que choram a morte de um filho e à sociedade. Lamento profundamente o ocorrido e vamos prestar todo apoio à família”, complementou.

Gostou? Compartilhe