Craque da seleção brasileira detona Confederação Sul-Americana

Publicado em 01/07/2024, às 08h17
Crédito: Rafael Ribeiro / TNH1
Crédito: Rafael Ribeiro / TNH1

Por Estadão Conteúdo

Em 10 dias de competição, a Copa América já soma quatro suspensões aplicadas a treinadores por atraso no retorno dos jogadores a campo para a disputa do segundo tempo. A postura, incomum em torneios organizados pela própria Conmebol, vem incomodando os jogadores. E, neste domingo, o meia Bruno Guimarães escancarou a crítica à entidade.

"Temos que ficar olhando o cronômetro no vestiário para não deixar passar (a hora de retornar a campo), apesar de eu achar que a Conmebol tem coisa mais importante para se preocupar do que isso", afirmou o jogador da seleção brasileira.

Até o momento, os técnicos Marcelo Bielsa, do Uruguai, Lionel Scaloni, da Argentina, Ricardo Gareca, do Chile, e Fernando Batista, da Venezuela, foram suspensos por um jogo, além de receberem multa, pelo atraso no retorno ao gramado.

Bruno Guimarães diz temer que Dorival Júnior possa ser o próximo "Sabemos que isso (atraso) pode acarretar e não queremos perder nosso treinador, que é um cara muito importante para gente. Não queremos passar o tempo, então, quando está com 11, 12 minutos de intervalo, a gente já tem que sair correndo para o campo, porque não queremos perder ninguém nesse caminho até a decisão "

O meia é o segundo jogador da seleção a demonstrar publicamente insatisfação com a Conmebol, entidade responsável pela organização da Copa América. Após a vitória sobre o Paraguai, Vinícius Júnior reclamou da arbitragem e indicou que a seleção não estaria sendo bem tratada nos Estados Unidos. Internamente, a CBF estaria incomodada também com a questão logística, principalmente em relação à distância para os locais de treinamento.

"SOU FOMINHA" - Uma outra suspensão também preocupa a seleção: o desfalque por dois cartões amarelos. Dorival Júnior pode poupar jogadores que já receberam um cartão nesta Copa América, o que não é o caso de Bruno Guimarães. Mesmo assim, o meia fez questão de enfatizar que não quer ficar no banco de reservas.

"Dorival se for poupar, já não me poupe porque eu quero jogar. Sou fominha para caramba, quero estar em campo. Se tomar o cartão pega para as quartas, então não sei o que vai acontecer", brincou o meio-campista.

TORCIDA - O jogador também comentou sobre a festa da torcida após a vitória sobre o Paraguai por 4 a 1, na noite de sexta-feira. Para ele, o resultado é uma oportunidade para aproximar mais os torcedores da seleção brasileira.

"Quando vestimos a camisa da seleção brasileira, existe a pressão de sempre ganhar. Como não ganhamos as Copas dos últimos anos, é uma pressão a mais. Queremos trazer a torcida para perto, não que não estejam, mas queremos 100% da população. Sabemos que é difícil, mas estamos aqui por eles", declarou. "Queremos marcar nosso nome na história também e não existe a gente contra a torcida. É todo mundo junto, em uma caminha só. Acho que estamos conseguindo trazer a torcida para perto."

Ele também destacou a união do elenco atual da seleção, principalmente após os momentos difíceis, como aconteceu diante das críticas após o empate sem gols com a Costa Rica, na estreia "Acima de tudo somos um grupo de amigos. Gostamos de estar um com o outro. Estamos sempre juntos na resenha, no truco, para jogar videogame, para treinar, seja o que for. É um grupo que gosta de ficar muito perto um do outro", declarou.

Bruno Guimarães afirmou que não faltou apoio a Lucas Paquetá, após o pênalti perdido contra os paraguaios. "Quando perde um pênalti, é hora que precisa demonstrar união. Não é fácil perder e já aconteceu com todo mundo. Paquetá não foi o primeiro e não será o último. Demos apoio e no lance seguinte ele conseguiu dar a assistência."

A seleção brasileira volta a campo na terça-feira para enfrentar a Colômbia, às 22 horas (horário de Brasília), em Santa Clara. A partida encerra a participação brasileira na fase de grupos e vale a primeira posição do Grupo D.

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