A corrida pode parecer um esporte fácil: é só calçar um tênis e sair por aí. Mas a prática, mesmo em sua versão amadora, envolve técnicas e estratégias para prevenir lesões, garantir evolução e conquistar novas metas de maneira saudável.
Iniciantes, porém, às vezes nunca chegam no momento de manutenção ou progresso. Manter a motivação, criar o hábito e ter constância se tornam desafios. Por isso, corredores amadores que conseguiram ir à frente com o esporte indicam ter paciência e estabelecer pequenos objetivos.
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Para o Dia Mundial da Corrida, nesta quarta-feira (7), eles contam sua experiência e, com base nela, sugerem as melhores maneiras de começar a correr e se manter motivado.
SABRINA COUTINHO, 29 - Quando a publicitária começou a correr, logo colocou como meta uma prova de 10 km que ocorreria em três meses. "Fiz algumas provas, de 5 km, 7 km, para ir me acostumando."
Sabrina considera que o acompanhamento com um treinador foi importante para alcançar o ritmo correto e manter a evolução durante os primeiros meses.
Ela relata que é normal ter momentos de menor constância nos treinos, e que o importante é voltar à rotina assim que possível.
"O que fez toda a diferença para mim também foi ter paciência e não se comparar com outras pessoas. Os benefícios e o desenvolvimento na corrida vêm aos poucos", diz. "É um momento que você tira para você."
CARLOS EDUARDO SAMPAIO, 52 - Para Carlos, o segredo é compartilhar o hábito com outras pessoas e manter acompanhamento profissional. O produtor rural e corretor de imóveis, que já corre há 17 anos, considera importante ver o esporte como prioridade.
"Comecei por uma questão de saúde. Foi algo fundamental para recuperar a minha qualidade de vida e chegar onde estou", diz.
O corredor conta que às vezes é preciso fazer pausas devido a lesões, que muitas vezes exigem tratamento com fisioterapia. Porém, após a recuperação, retorna aos treinos com novas metas. "Meu objetivo agora é treinar para a maratona de Salvador [de 42 km] em setembro."
Ele sugere buscar acompanhamento de um profissional de educação física para ter incentivo, além de participar de grupos e clubes de corrida. "Você tem a companhia de outros atletas e também faz amigos. Esse engajamento torna a corrida uma fonte de prazer também."
KARINA TARASIUK, 22 - Para Karina, participar de um time foi essencial para se manter motivada. A estudante também recomenda correr em locais arborizados e conhecer suas limitações.
"Na pandemia, a corrida foi um segundo tipo de terapia para mim, me ajudou a conhecer melhor o meu próprio corpo e os meus limites", diz.
A corredora participa do time de atletismo da faculdade e reconhece que o acompanhamento com o treinador e a equipe ajudam a manter a motivação. Ela indica estabelecer metas semanais de treino, como por meio de quilometragem ou velocidade.
"Mas a principal dica que eu dou pra quem está começando a correr é não se cobrar neste começo. Tente pensar sempre sobre o que te motiva a sair para correr e agarre-se a essa motivação."
ISABELA GIANTOMASSO, 28 - O hábito de correr de Isabela começou como uma maneira de preencher o tempo livre e explorar a cidade. Para o Dia Mundial da Corrida, ela indica que corredores iniciantes não se comparem com o que aparece nas redes sociais.
A jornalista diz que participar de um grupo de corrida também ajuda a entender que cada atleta tem uma realidade. "Eles são os responsáveis por não me fazer desistir. Ali eu entendi que cada um tem seu tempo, sua velocidade de corrida e a distância que acha melhor correr", diz.
Isabela, que hoje treina para uma meia maratona (21 km), ressalta que as conquistas na corrida podem vir de forma lenta. Para que isso não seja desestimulante, ela ressalta a importância de entender sua individualidade e evitar comparações.
"É importante respeitar os seus limites e entender que a corrida é um processo de evolução", diz.
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