O Ginásio Municipal de Esportes, localizado no Centro de Água Branca, foi transformado para o velório dos moradores que morreram no trágico acidente envolvendo um ônibus na BR-381, em Minas Gerais, na última sexta-feira (04).
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Dez moradores do município estavam no ônibus. Dos dez, seis acabaram morrendo. Eles serão homenageados no velório coletivo organizado pela prefeitura local, junto com os familiares das vítimas.
Kleber Sandes é morador da cidade e conhecia todas as vítimas. Ele também é proprietário de uma funerária e disse que, em 15 anos de profissão, nunca se deparou com uma situação semelhante.
Adolescência interrompida
Lourival Manoel da Silva, que mora em um povoado da cidade de Água Branca, é tio de Cícero Jemerson, de 16 anos, que faleceu no acidente. "Nós ficamos sabendo do acidente pela televisão e não acreditamos na tragédia. Depois as notícias foram chegando e descobrimos que o meu sobrinho estava nesse ônibus. Ele estava indo a São Paulo para passar uns dias com o tio dele", conta Lourival.
Reprodução/TV Pajuçara
"Ele era um bom menino, estudava, ajudava nos deveres de casa e cuidava dos três irmãos mais novos. O pai os abandonou, a mãe tem distúrbios mentais e a avó é quem cuidava dele e dos irmãos. Ele falava que quando fizesse 18 anos ia trabalhar pra fazer uma casinha e ajudar a criar os irmãos. Um menino responsável que sonhava em coisas melhores para a família", conta o tio.
"A gente esperava vê-lo voltar feliz, depois de ter abraçado o tio, mas não voltar assim, dentro de um caixão. Ninguém consegue mais dormir, desde o momento do acidente ninguém tem mais paz. Enquanto não ver o corpo, a gente não vai conseguir acreditar", emociona-se Lourival.
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