Corpos de cães são pendurados em árvore de canteiro da Durval de Góes

Atualizada às 9h12

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Motoristas que transitavam pela Avenida Durval de Góes, na noite desse domingo (14), ficaram chocados ao perceber que os corpos de dois cães foram pendurados pelo pescoço em uma das árvores do canteiro central da via, nas imediações do cemitério Parque das Flores.

Segundo informações de populares, os cães pertenciam a um morador de rua que vive na região. Ele não estava no local quando os cães foram notados. "Não dá para saber quem fez essa crueldade", comentou uma das testemunhas, durante entrevista ao TNH1.

A presidente do Projeto Acolher, entidade que cuida de animais vítimas de maus tratos em Maceió, Naíne Teles, comentou que foi avisada sobre a situação e foi até o local. "Quando cheguei na avenida, vi os cachorros naquele estado e fiquei chocada", comentou. "Aparentemente, eles estavam em estado de decomposição e, um deles, pendurado por uma corrente. O outro, com corda", acrescentou.

Versões

Pessoas que passavam pela avenida na manhã desta segunda viram quando o morador de rua que cuidava dos cães chegou ao local e passou a gesticular e dizer palavras de protesto. "O aspecto dos animais é de que eles foram atropelados", relatou uma das testemunhas. Essa versão foi reforçada por outros motoristas que garantem que após serem atingidos por carros, os animais foram pendurados pelo "dono" como forma de protesto.

Outra hipótese levantada pelos populares é de que o mesmo morador de rua teria matado os animais e também ateado fogo aos corpos, que estavam com uma aparência escura. "Eu já tinha ouvido falar que ele [o morador de rua] maltratava os animais, mas não posso garantir, pois nunca presenciei", comentou Naíne Teles.

Populares que teriam visto a ação asseguraram que vão procurar a polícia para prestar depoimento. De posse da denúncia, a polícia poderá solicitar imagens de câmeras de segurança das imediações para tentar averiguar o que realmente aconteceu.

A presidente da Comissão do Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), Rosana Jambo, foi contacta pelo TNH1 e informou, por meio da assessoria de comunicação, que vai ao Ministério Público ainda na manhã desta segunda-feira (15), para denunciar o caso.