Alagoas

Corpo de trans alagoana assassinada em SP é identificado oficialmente; família aguarda traslado

Theo Chaves | 05/10/23 - 11h30
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Instituto Médico Legal (IML) do estado de São Paulo identificou oficialmente o corpo da alagoana Anna Luísa Pantaleão, de 19 anos, que foi assassinada por um motorista de aplicativo, no interior de São Paulo, no dia 4 de setembro. A informação foi confirmada ao TNH1 pela avó de Anna Luísa, na manhã desta quinta-feira (5).

O corpo da jovem trans, que era natural de Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas, estava no IML desde o último 19, quando foi encontrado em avançado estado de decomposição, às margens de uma rodovia do interior de SP. A identidade da vítima foi confirmada a partir de um exame de arcada dentária.

A avó de Anna Luísa Pantaleão ainda confirmou ao TNH1 que o corpo da neta será liberado na próxima segunda-feira (9). O traslado para Alagoas deve acontecer na próxima quarta (11).

"O IML já reconheceu o corpo da minha neta. O reconhecimento só foi possível a partir de um exame de arcada dentária. Os peritos me disseram que na manhã desta próxima segunda o corpo será liberado. Acreditamos que já na quarta-feira acontecerá o traslado para Alagoas. Ainda não sabemos se o corpo vai direto para Maceió ou se o traslado vai acontecer para Aracaju. Ela será velada em Pão de Açúcar, no Sertão", disse Ana Cláudia dos Santos, 52 anos.

Sobre as investigações, a avó disse que a polícia está aguardando uma laudo da perícia feita no corpo da jovem trans para concluir o inquérito. O suspeito, que confessou o crime, continua preso.

O caso - A jovem Anna Luísa Pantaleão era natural de Pão de Açúcar e havia deixado Alagoas há cerca de um ano e meio. Ela tinha o sonho de cursar Arquitetura, mas ao mesmo tempo, de acordo com a família, estaria sendo aliciada para viajar para a Europa para atuar como modelo.

Em São Paulo, Anna Luísa trabalhava como garota de programa e antes de tomar a decisão de seguir para outro continente queria rever os familiares. Em depoimento à polícia, o motorista de aplicativo contou que tinha contratado Anna Luísa, então garota de programa, mas teria desistido do serviço ao perceber que a alagoana era transexual. A jovem teria ficado revoltada com a situação e iniciado uma briga com o assassino confesso.

Lúcio afirmou que Anna Luísa estaria alcoolizada e teria sacado um canivete da bolsa. Mas, durante a luta corporal, o motorista de app teria tomado o objeto dela e a acertado com um golpe no pescoço. Depois do crime, o motorista teria ido até um motel no município de Santana de Parnaíba para enrolar o corpo com cobertor e depois dispensá-lo em Pirapora.