O corpo da modelo alagoana Gleise Graciela Firmiano chegou a Maceió na madrugada deste sábado, 27, e será sepultado às 15h no povoado Canoa de Cima, no município de Porto Real do Colégio, no interior de Alagoas. A informação foi confirmada por Cleane Ferreira, irmã da modelo. Gleise tinha 30 anos e foi morta a tiros em janeiro deste ano, nos Estados Unidos.
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Desde a notícia da morte da modelo, a família dela lutava para conseguir o traslado do corpo para o estado de origem, e enfrentava dificuldades pois não tinha como custear o procedimento, tendo pedido ajuda ao Itamaraty à época. Semanas depois, o Governo de Alagoas ofereceu ajuda financeira para o traslado, mas os parentes ainda esperaram mais seis semanas para a liberação do corpo.
Ao TNH1, Cleane afirmou que advogados que atuam na Califórnia, nos Estados Unidos, estão acompanhando o caso pela família. Em nota compartilhada nas redes sociais, a família diz que vai seguir na luta por justiça pela Gleise. Leia abaixo:
"O corpo da nossa filha, irmã, prima e sobrinha, Gleise Graciela Firmiano, chegou no Brasil e, neste momento, se cumpre etapas burocráticas para que seja transportado até Porto Real do Colégio, via aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, onde descansará por toda eternidade e a nós traga algum conforto diante deste infortúnio inconcebível e revoltante. O assassinato da nossa amada Gleise pela Polícia Americana, em circunstâncias não esclarecidas, será objeto de nossa luta por justiça, busca dos responsáveis por este crime e sua penalização por este ato, completamente desproporcional, mesmo conscientes que isto não trará Gleise ao nosso convívio".
Nascida em Penedo, Gleise Graciela morava há aproximadamente oito anos nos Estados Unidos. Ela passou a infância em um povoado no município de Porto Real do Colégio antes de investir na carreira de modelo. Segundo a família, ela pretendia voltar ao país em breve. "Ela só me falou que estava namorando, que morava com ele. Ela me disse que queria voltar de vez para o Brasil agora em 2023, que queria morar aqui, montar duas agências de modelo, sendo uma no Rio de Janeiro e outra em Aracaju", disse a irmã dela, Cleane Ferreira.
Relembre o caso - A versão dada à família é que a modelo foi morta por um policial ao ser vista armada, em uma rua, depois de uma discussão com o namorado. Gleice teria deixado, enfurecida, a residência onde vivia, o que teria preocupado o companheiro que acionou a polícia. Na abordagem policial, a alagoana teria feito um movimento com a mão como se fosse pegar a arma e a polícia teria reagido, o que resultou na morte da mulher.
Cleane Ferreira questionou a versão apresentada pelo namorado da modelo e por policiais norte-americanos. "A gente ficou sabendo que ela foi assassinada dia 30 de janeiro, mas que as autoridades americanas só entraram em contato com a família aqui no Brasil dez dias depois. É uma história que está muito complicada, muito difícil da gente entender. Porque dez dias depois é muito tempo para as autoridades tentarem localizar a família de uma pessoa que os próprios assassinaram. Tinham documentos com ela, o passaporte, eles tinham o nome completo, sabiam o estado de onde ela era", afirmou à época.
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