por Edson Moura
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O vírus fez um estrago considerável nas vendas de carros. Embora a quarentena tenha se iniciado somente na segunda quinzena do mês, a queda de vendas foi tão avassaladora que fez de março de 2020 o pior março dos últimos 14 anos. Foram vendidos apenas 155.771 carros e comerciais leves, contra os 148 mil vendidos em março de 2006.
A queda de vendas, na verdade, não revela a verdadeira crise porque passa o setor. Março registrou queda de 19,1% em relação a fevereiro (192.639) e de 21,9% sobre março do ano passado (199.549). Isso porque a primeira quinzena, não atingida pelo vírus, teve um desempenho excepcional, com 10,2 mil carros por dia. Uma vez iniciada a quarentena, as vendas despencaram. No dia 23, uma segunda-feira, foram vendidos minguados 1.242 carros e no dia seguinte pouco mais de 700 carros.
A partir daí algumas montadoras e concessionárias iniciaram uma operação de venda delivery, mandando os vendedores à casa do cliente com o carro solicitado. O sistema permite que o cliente faça o teste drive e discuta as condições de compra com o vendedor, fechando o negócio na hora.
Mas a estratégia não alterou o panorama no setor. A semana seguiu em ritmo lento, quase parando: foram 763 licenciamentos no dia 25, 1.389 no dia 26 e 1.335 no dia 27.
Na última segunda feira foram vendidos 843 carros e na terça 1.813. Do dia 24 para cá foram 6.866 unidades no total, com uma média diária irrisória, de menos de mil carros (981 unidades).
Grande parte dos licenciamentos nesse período de quarentena vem de vendas diretas e registros de negociações feitas ainda antes do agravamento da crise.
A posição das marcas no ranking não teve mudanças importantes. Seguem GM (25.501 unidades) na liderança, seguida por Volkswagen (24.957) e Fiat, com 23.701. Em seguida, Ford em quarto e Hyundai em quinto lugar.
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