Em meio a um verdadeiro caos, a invasão do Capitólio norte-americano nesta quarta-feira (6) foi também marcada por uma figura um tanto quanto inusitada. Sem camisa, com várias tatuagens, o rosto pintado de vermelho e azul (em referência a bandeira dos Estados Unidos), calças largas e uma espécie de chapéu de pele com chifres, Jake Angeli, 32 anos, circulou pela casa da democracia do país com um megafone em mãos.
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A figura que logo virou um símbolo da invasão (assim como alvo de vários memes nas redes sociais) não é nenhum estreante no cenário de defesa do ex-presidente Donald Trump. Respondendo pelo apelido de Q Shaman, Angeli faz parte de um movimento conhecido como QAnon.
Jake Angeli, 32, sporting horns and body paint, yells his thanks to President @realDonaldTrump and Q.
— BrieAnna J. Frank ???? (@brieannafrank) May 5, 2020
The latter is presumably a reference to QAnon, a controversial far-right group. @azcentral pic.twitter.com/RJ990L0xA2
Na prática, o “grupo” fez parte de campanhas de Trump no estado do Arizona ao longo das corrida pelas eleições do último ano, e defende uma teoria conspiratória de que o ex-presidente republicano defende o país contra uma “cabala profunda” que dissemina pedofilia e trafico humano.
Segundo o jornal norte-americano Business Insider, o QAnon fez parte ativa nos protestos que questionam sobre possíveis fraudes na derrota de Trump contra Biden.
Em 5 de maio de 2020, a repórter do jornal local The Arizona Republic, BrieAnna J. Frank, entrevistou Angeli — durante um ato de campanha de Trump no Arizona. Durante a conversa, Angeli criticou a mídia e elogiou o líder do executivo do país: “O presidente precisa saber que seu povo o apoia”.
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