O apartamento do apresentador Jô Soares que está à venda por R$ 12 milhões não foi incluído no testamento do artista, morto em agosto do ano passado aos 84 anos.
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Segundo o UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha de S.Paulo, o imóvel não estava no testamento porque Jô o transferiu para o nome de Flávia Pedras, sua ex-mulher, em 2017.
Jô adquiriu o imóvel no começo da década de 1990, quando ainda era casado com Flávia. Em entrevista ao programa "Estrelas", que era exibido pela TV Globo, o humorista disse que visitou cerca de seis apartamentos antes de encontrar o imóvel.
"Eram todos caríssimos e mínimos. Aí as duas corretoras falaram: 'Não tem mais nada. Só tem um apartamento antigo. Tem dois inconvenientes: não tem salão de festas e não tem playground.' Eu falei: 'Cadê? É esse que eu quero'", disse ele para a apresentadora Angélica.
"Quando eu abri a porta e vi toda essa madeira, falei: É esse mesmo. Foi baratíssimo, porque não tem playground."
O imóvel de alto padrão está localizado em Higienópolis, um dos endereços mais caros de São Paulo.
O apartamento tem 628 m², quatro dormitórios, biblioteca, sala de cinema com home theater. Os mármores são originais, enquanto as janelas são automatizadas e antirruído. O prédio em que o apresentador viveu foi construído em 1952.
O local era cheio de quadros que recontavam a trajetória do humorista, como uma imagem do hotel Copacabana Palace, onde ele morou quando criança, além de fotografias de diferentes fases de sua vida. O imóvel tinha até uma barbearia e uma capela, que ele fez em homenagem à Santa Rita de Cássia.
Jô Soares morreu no dia 5 de agosto do ano passado, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, aos 84 anos.
O médico e escritor Drauzio Varella disse que Jô escolheu deixar o hospital e passar os últimos dias em sua casa assistindo a filmes clássicos noir, seu gênero favorito. "É difícil falar do gênio tendo convivido com ele", declarou o oncologista.
O apresentador sofria de problemas de pulmão e morreu depois de uma falência de múltiplos órgãos. Na ocasião da morte dele, a ex-companheira e amiga Flávia Pedra Soares, conhecida como Flavinha, relembrou a devoção do humorista por santa Rita de Cássia e revelou que, ao ter consciência da morte, Jô repetia "morrer é fácil, difícil é a comédia", lembrando a última frase atribuída ao comediante britânico Edmund Gwenn.
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