O trânsito da Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias de Maceió, ficou congestionado na manhã desta quarta-feira, 6, com o protesto de moradores e ex-moradores dos bairros que sofrem com afundamento do solo, por causa dos serviços de extração de sal-gema da Braskem. Em um primeiro momento, os manifestantes bloquearam a pista, sentido Centro, próximo à entrada do Cepa, e depois saíram em caminhada pela avenida, com o bloqueio total das faixas, até a sede do Ministério Público Estadual.
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Um dos desvios para quem passa pela Fernandes Lima, na altura do Farol, direciona os condutores para a Rua Miguel Palmeira, no Pinheiro. Motoristas e motociclistas precisaram trafegar por vias alternativas, umas por dentro e depois por trás do Cepa, para a continuidade da viagem.
Uma internauta do TNH1 filmou a situação na Rua Virgínio de Campos, no Farol, onde apresentou um fluxo maior de carros nesta manhã, em comparação com os outros dias. Assista abaixo:
Equipes do DMTT estiveram na Fernandes Lima e usaram cones de sinalização para orientação aos condutores. A Polícia Militar também acompanhou o protesto.
A manifestação - Moradores e ex-moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo protestaram contra a Braskem na manhã desta quarta-feira, 6, e fecharam a Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da capital, no sentido Centro de Maceió. O ato havia sido agendado no fim de semana passado, após a retirada dos últimos moradores da região, diante da possibilidade de colapso da mina 18. O trânsito foi bloqueado.
Os manifestantes se concentraram na entrada do Cepa, e por volta das 8h, deram início a uma caminhada pela avenida. Eles fizeram uma parada pontual na frente do Ministério Público Estadual, e disseram que iam seguir na direção do Palácio do Governo e da Assembleia Legislativa, para cobrar medidas urgentes das autoridades.
Com faixas e cartazes, e camisas personalizadas, os moradores e ex-moradores fizeram duras críticas ao processo de realocação e de indenização que teve início no ano de 2019. Muitas famílias ainda convivem com a dor da perda de seus imóveis e com a insegurança de estarem próximas ao local.
Um outro protesto está previsto para acontecer no dia 13 de dezembro, no Jaraguá, desta vez com paradas na Câmara dos Vereadores e na Prefeitura de Maceió.
Veja a nota da Braskem:
Desde 2019, a Braskem desenvolve ações em Maceió com foco na segurança das pessoas e na implementação de medidas amplas e adequadas para mitigar, compensar ou reparar impactos decorrentes da desocupação de imóveis nos bairros de Bebedouro, Bom parto, Pinheiro, Mutange e Farol. Todas as ações são fiscalizadas pelos órgãos competentes.
As iniciativas, acordadas com autoridades federais, estaduais e municipal, abrangem diversas medidas como a realocação preventiva e compensação financeira das famílias; ações sociourbanísticas e ambientais; apoio a animais; zeladoria nos bairros; monitoramento do solo e fechamento definitivo dos poços de sal.
Em relação à indenização de moradores e comerciantes realocados, 99,8% das propostas de compensação financeiras foram apresentadas e mais de 93% pagas.
A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica.
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