Curiosidades

Condição rara: filhote de suíno nasce com dois sexos no interior de Alagoas

Eberth Lins | 24/10/24 - 09h28
O animal tem características dos dois sexos, apresentando vagina e testículos | Foto: Reprodução

Uma criação de suínos na Zona Rural de Jequiá da Praia, interior de Alagoas, tornou-se espaço de um episódio curioso depois de um parto registrado nesta semana. No Povoado Ponta de Pedras, uma porca deu à luz a 15 porquinhos. Até aí tudo bem, não fosse um dos filhotes ter nascido intersexo, ou hermafrodita como se fala popularmente. O animal tem características dos dois sexos, apresentando vagina e testículos, assista ao vídeo:

Leonilson Santana, proprietário da criação, disse só ter visto o filhote intersexo no dia seguinte ao parto. "No dia do parto contei 14 porquinhos, daí limpei a placenta e fui embora para casa, mas no dia seguinte quando voltei tinha mais um, eram 15. Tinha algo diferente no último que ela pariu, ele nasceu com dois sexos. Quando fui contar quantos machos e quantas fêmeas tinham me deparei com esse, fiquei surpreso, não sei se é fêmea ou se é macho, só sei que nasceu assim", conta o produtor rural.

A reportagem da TV Pajuçara/Record foi até a Unidade de Vigilância de Zoonoses de Maceió (UVZ) para ouvir o biólogo Carlos Fernando, que falou sobre a condição rara. "Não é todo dia que se vê um acontecimento desse, mas se a gente for elencar os animais que têm essa condição de alteração morfológica decorrente de genética, os primeiros da lista seriam os porcos. É raro, porém acontece mais em porcos", explicou.

O especialista elenca ainda hipóteses genéticas que podem ter resultado na condição do filhote. "Podem ser toxinas, a idade avançada dos pais, pode ser que os pais desses porcos sejam irmãos. Esse são fatores principais que podem acarretar alterações cromossômicas nos animais", listou o biólogo, acrescentando que não se trata de uma doença e demandas cuidados simples.

"O animal só apresenta uma alteração morfológica anatômica decorrente de cromossomos alterados. O animal vai se desenvolver normal, desde que se faça a castração, isto é, a retirada da parte masculina", reforçou ele dizendo que nos anos em que trabalha na UVZ nunca viu algo parecido. "É realmente um caso atípico", disse.