Condé diz que CRB aceitou marcação do CSA e promete ajustar setor ofensivo

Publicado em 13/03/2017, às 15h36

Por Redação

A derrota para o CSA no último sábado (11), no Estádio Rei Pelé, pela quinta rodada da Copa do Nordeste, foi bastante criticada pela torcida do CRB. Em entrevista coletiva após o clássico, o técnico Léo Condé reconheceu a má atuação do setor ofensivo e afirmou que a equipe não soube sair da marcação adversária. 

"Não fizemos o jogo que normalmente fazemos, que é de marcação forte com posse de bola, jogar, trabalhar a bola, tentar envolver o adversário. Não conseguimos fazer isso. Fizemos até um jogo brigado, mas, com bola, aceitamos muito a marcação deles. Eles vieram com uma proposta de marcação muito forte com três volantes. [Canindé] Posicionou o Marcos Antônio encostando no Danilo Pires, soltou o Rayro para bater lá em cima e meio que individualizou a marcação. A gente aceitou essa marcação deles". 

O Galo permaneceu com oito pontos e perdeu a liderança para o Itabaiana, que venceu o ABC por 2 a 1 e chegou aos 10 pontos. Os dois times decidem a classificação na quarta-feira (22), às 21h45, no Rei Pelé.  

"A gente fica chateado, pô. Principalmente uma derrota no clássico sempre chateia. Mas sou da bola. Tem 15 anos que estou no futebol. Sei que esse tipo de situação acontece. A gente lamenta, fica triste, mas tem que olhar para frente. Sabemos que temos capacidade, bons jogadores... Modéstia à parte tem trabalho aqui também. Vamos erguer a cabeça, todo mundo aqui tem personalidade suficiente. É um grupo maduro, que já vivenciou muito esse tipo de situação e que tem total capacidade para trabalhar bem e buscar a classificação dia 22 contra o Itabaiana", analisou Condé. 

Veja outros trechos da entrevista coletiva do técnico regatiano. 

O jogo

"Acabou que ficou um jogo muito truncado no primeiro tempo, com poucas chances de gol. Tivemos um lance isolado com o Elias, um escanteio que o Flávio Boaventura cabeceou por cima. Eles tiveram uma bola de escanteio também, que o Juliano defendeu. Fizemos algumas correções no intervalo, pedi para que os meias movimentassem um pouco mais, principalmente o Sérgio Mota por dentro, alternando com Danilo e Maílson, aproximassem um pouco mais". 

"Conseguimos fazer isso entre os 10 e os 25 minutos do segundo tempo, mas não fizemos o gol. Fomos precipitados na penúltima bola ali. Depois aceitamos novamente a marcação deles. As substituições do Oliveira Canindé colocaram um pouco mais de mobilidade. Mesmo assim mantivemos um bom posicionamento defensivo. Realmente nossos quatro homens de frente não funcionaram, quem entrou também não foi tão bem. O Chico talvez um pouquinho mais lúcido". 

"Mas é do jogo. Lamentamos muito. Fico triste por perder o jogo, principalmente sendo um clássico. Vamos erguer a cabeça, bola para frente. Não podemos ficar lamentando. Temos que avaliar o que erramos, corrigir para buscar a classificação dia 22. Só depende da gente. Não depende de resultado, adversário nenhum. Depende de fazermos a nossa parte aqui e avançarmos na competição". 

Setor defensivo

"Primeiro o mérito da equipe deles que encaixou uma boa marcação. E um pouco de dificuldade nossa de ter aceitado essa marcação. Às vezes você pega um adversário que encaixa bem a marcação, você tem que buscar um pouco mais de movimentação e aproximação. São situações que acontecem. Comecei o trabalho focando muito na parte defensiva, haja vista que a equipe sofreu muitos gols na Série B ano passado. Demos um enfoque maior nesses dois meses de preparação no setor defensivo. Acho que a parte defensiva está ajeitada, arrumada". 

Setor ofensivo

"Vamos começar a trabalhar bastante para ajustar e criar movimentações, infiltrações, para buscar também a melhor formatação. Para quando pegarmos adversários de marcação forte, como foi neste jogo, sair desse tipo de marcação". 

Poucas finalizações

"Como eu falei, até em razão de ter aceitado a marcação, não conseguimos sair da marcação deles. Mas com treinamento e ajustes individuais, o torcedor pode ter certeza que falta de trabalho não vai ser. Vamos ajustar essa equipe. O torcedor pode vir aqui dia 22 que vamos sim buscar essa classificação". 

Atuação

"Não foi inferior [ao primeiro clássico], foi um jogo igual. Só que eles vieram com uma proposta de marcação muito forte, quase que marcando individual. Aceitamos esse tipo de marcação. Já que nossa proposta era de tentar a classificação, tínhamos que tentar movimentar um pouco mais e criar espaços. Não fizemos isso, principalmente na linha de frente. Não só o Sérgio Mota, como o Maílson foi bem marcado. Tentamos trocá-lo de lado. Os próprios jogadores que entraram depois, o Chico e o Clebinho... O Danilo Pires também não esteve em uma noite muito feliz". 

"Mas futebol tem disso. Se pegarmos a linha de defesa nossa é a mesma do ano passado, trabalhamos muito. Já tem um certo conjunto. Do meio para frente, às vezes, até por questão de lesão e cartão terminamos trocando. A questão do Maílson, o Danilo também ficou de fora por lesão. A gente ainda precisa dar um pouco mais de encaixe, entrosamento e movimentação nessa linha de frente para, justamente quando pegar esse tipo de situação de jogo, a gente conseguir sair".

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