Como foi a estreia da Argentina, de Messi, na Copa América?

Publicado em 21/06/2024, às 08h37
Messi foi preciso na assistência | Crédito: Eduardo Anizelli / Folhapress
Messi foi preciso na assistência | Crédito: Eduardo Anizelli / Folhapress

Por Estadão Conteúdo

A 48ª edição da Copa América começou nesta quinta-feira com belo show antes de a bola rolar na Mercedes-Benz Arena, em Atlanta, na Geórgia, muitos dirigentes em campo e nas tribunas, emoção na execução dos hinos, recorde de aparições de um Messi sem pontaria, mas preciso em assistência, e com a campeã Argentina superando o Canadá após alguns sustos com triunfo por 2 a 0. Os gols foram dos centroavantes Julián Álvarez e Lautaro Martínez.

Aposentado por problemas cardíacos, o ex-atacante argentino Agüero colocou a taça para exibição no gramado com direito a beijinho e aplausos da torcida. Antes mesmo de a tricampeã mundial entrar em campo, Messi já causava frisson no estádio do Atlanta Falcons, da NFL, completamente lotado - capacidade de 71 mil pessoas - ao aparecer no telão. No túnel dos vestiários, era idolatrado pelos mascotes mirins. A criançada estava encantada com a proximidade do astro.

Ao iniciar a partida, Messi completou 35 jogos e se isolou como maior atleta a disputar uma partida na Copa América, ultrapassando o ex-goleiro chileno Livingston, que atuou em 34 oportunidades. São 13 gols e 17 assistências do astro.

Diante da atual campeã, o Canadá adotou postura ousada nos minutos iniciais, com linhas altas para tentar surpreender. Em uma bobeira, entretanto, deixou Di María avançar de seu campo e parar no goleiro Crépeau. Messi deu enorme pique e poderia ter recebido o passe. Logo depois, o camisa 10 apareceu livre e mandou raspando. Estava impedido.

Mesmo estreante na Copa América, o Canadá parecia não temer os campeões mundiais. E partiu para a trocação, sempre rondando a área, mas pecando no toque final. O jogo era agradável, com os argentinos vendo seu favoritismo duro de ser confirmado frente um oponente ajustado e confiante. Eustáquio, de cabeça, exigiu grande defesa de Dibu Martínez antes do intervalo.

A apresentação abaixo do esperado, com ataque inoperante, fez a Argentina demorar a retornar do vestiário. O papo com Lionel Scaloni durou 20 minutos. Foi longo para a equipe não somar seu quarto tropeço seguido em uma estreia de competição. Não ganhou nos primeiros jogos das duas últimas Copa Américas e também sofreu um deslize na Copa do Mundo do Catar antes de se recuperar para erguer o troféu contra a França.

Os argentinos necessitaram de somente três minutos para desencantar. Após dividida de Mac Allister com o goleiro, a bola sobrou para Julian Álvarez mandar ao gol vazio e sair celebrando O centroavante do Manchester United quase ampliou um minuto mais tarde. Crépeau salvou de ponta dos dedos.

O tão aguardado gol de Messi pela torcida quase sai aos 19 após chutão de Martínez para frente. O astro saiu cara a cara e parou em Crépeau, no rebote driblou o goleiro e deu a cavadinha. Mas Cornelius apareceu para livrar o Canadá. Ainda falharia em novo lançamento e cobertura para fora.

Logo depois de Davies perder, em cabeçada livre, a chance do empate, os canadenses reclamaram bastante de um pênalti. Após consulta do VAR, nada foi anotado pela arbitragem pois a falta ocorreu fora da área.

Os minutos finais ficaram marcados pelas chances desperdiçadas aos montes dos argentinos. Otamendi cabeceou para fora, Messi errou cara a cara, mandando raspando, enquanto Lautaro Martínez parou em Crépeau. O alívio veio aos 42 minutos em passe genial de Messi para Lautaro Martínez mandar por baixo do goleiro e garantir a festa dos campeões.

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