Por Boa Saúde
A velocidade com que se come pode interferir no ganho de peso? Segundo estudo do Instituto de Salud Carlos III, na Espanha, sim. Os pesquisadores buscaram avaliar as associações entre velocidade de alimentação, adiposidade, fatores de risco cardiometabólicos e qualidade da dieta em uma coorte de pré-escolares espanhóis.
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Foi realizado um estudo transversal em 1.371 crianças em idade pré-escolar (média de 4,8 anos) do Estudo Longitudinal de Avaliação de Risco de Obesidade na Infância (CORALS). Após exclusões, 956 participantes foram incluídos nas análises. A velocidade de alimentação foi estimada pela soma do total de minutos gastos em cada uma das 3 refeições principais e depois categorizada em lenta, moderada ou rápida.
Nos resultados, em comparação com os participantes da categoria de alimentação lenta, os da categoria de alimentação rápida apresentaram maior prevalência de risco de sobrepeso/obesidade, maior circunferência da cintura, maior Índice de Massa Gorda, pressão arterial sistólica mais elevada e níveis de glicose plasmática em jejum mais altos. Essas crianças tinham, também, uma menor adesão à dieta mediterrânea.
A partir desses resultados, os pesquisadores concluíram que comer mais rápido está relacionado a maior ganho de peso e risco cardiometabólico. Segundo os autores, é preciso estimular as crianças a fazerem as refeições de maneira mais lenta e se atentando ao que se come, dando preferência a alimentos in-natura e saudáveis.
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