Os dois comandantes da guarnição envolvida na abordagem que terminou com um empresário baleado por um tiro de fuzil em Arapiraca, no interior de Alagoas, foram ouvidos nesta sexta-feira (09), na Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em Maceió. Outros quatro militares já tinham sido ouvidos, nessa quinta-feira (08).
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Marcelo Barbosa Leite, tinha 31 anos, e morreu na última segunda-feira (04), em hospital particular de São Paulo, para onde tinha sido transferido após graves complicações causadas pelo tiro de fuzil.
De acordo com o delegado Sidney Tenório, que integra a comissão que investiga o caso, os comandantes admitiram tiros direcionados ao veículo conduzido por Marcelo. "Um atirou nos pneus, outro atirou na lataria e veio a atingir o empresário", adiantou, acrescentando que "o conteúdo dos depoimentos serão mantidos sob sigilo".
A próxima etapa da investigação, segundo o delegado, é a reprodução simulada do crime. "Na segunda-feira (12) devemos encaminhar todo o apurado para o IC [Instituto de Criminalística] e agendar a reconstituição", disse Tenório.
O empresário foi atingido pelo tiro de fuzil no dia 14 de novembro, segundo a polícia, após furar uma blitz. Ele também foi acusado pela PM de portar um revólver calibre 38 com numeração raspada. A versão da polícia, no entanto, é radicalmente rechaçada pela família de Marcelo, que acusa os militares de atirar pelas costas e de plantarem uma arma no carro da vítima.
O corpo de Marcelo foi sepultado no último dia 06, em um cemitério de Arapiraca, em uma cerimônia marcada por revolta e comoção de amigos e familiares.
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