Com que frequência é preciso trocar a roupa de cama?

Publicado em 03/09/2017, às 18h13

Por Redação

Para muitas pessoas, o simples fato de estar de banho tomado durante a noite é justificativa para deixar de trocar a roupa de cama com frequência. No entanto, vale lembrar que estamos constantemente trocando de pele e, eventualmente, suando e transmitindo bactérias para os tecidos.

Antes fosse só pela sujeira. As células mortas depositadas na roupa de cama são um prato cheio para atrair microrganismos como bactérias presentes em nossa própria pele e ácaros, os vilões na vida de todos aqueles que sofrem com alergias. O desleixo pode custar caro, e resultar em asma, rinite e a piora de quadros de eczema.

Quando é hora de trocar a roupa de cama?

De acordo com o infectologista do Hospital Emílio Ribas, Ralcyon Teixeira, “o que mais vamos encontrar em nossas roupas de cama são os ácaros”. E completa: “eles vão se acumulando dentro do colchão e do travesseiro, que são feitos de fibras naturais semissintéticas”. E agora? Qual é a hora certa de trocar a roupa de cama e evitar o aparecimento desses seres invisíveis aos olhos?

A recomendação é unânime: em condições normais para pessoas saudáveis, é aconselhado trocar a roupa de cama no mínimo, uma vez por semana. Alie a troca sempre a um ambiente arejado para evitar os ácaros. Quando acordar, deixe o ar circular e arrume a cama somente após uma hora do seu despertar.

Quando for colocar a roupa de cama para lavar, basta colocar na máquina com sabão em pó e secar ao sol, para que os raios ultravioletas matem os ácaros. Fronhas e lençóis de crianças com menos de três anos de idade devem ter um cuidado adicional e passados a ferro após a exposição ao sol.

Outros itens como travesseiros devem ser lavados conforme a necessidade ou substituídos pelo menos a cada seis meses. Durante o uso, coloque-o sob o sol dia sim, dia não. Pijamas também não possuem validade indeterminada, ok? Troque as peças de roupa pelo menos uma vez por semana.

Muda o clima, mudam os hábitos

O clima influencia muito na intensidade em que as trocas precisam ser realizadas. O motivo é óbvio, já que no verão suamos muito mais que nas estações mais frias. Com altas temperaturas, tornamos a combinação suor, calor e pele morta um ambiente ideal para a proliferação de microrganismos, contando com mais um adicional: os fungos, que podem ou não trazer doenças.

No inverno ou períodos em que seja necessário tirar as cobertas do armário, a troca semanal não é necessária. Durante o uso, coloque-os para tomar um ar ao menos uma vez por semana. A lavagem nesses casos é recomendada somente ao início e ao final da estação de uso.

Pessoas doentes, cuidados redobrados

Pessoas que estejam com machucados, piolho, micoses ou até mesmo escaras (feridas que se formam em pessoas que passam muito tempo de cama) devem tomar muitos outros cuidados com a higiene das roupas de cama.

A recomendação de especialistas é que a lavagem seja realizada diariamente com água quente (acima de 60 graus), evitando chacoalhar o lençol quando retirado. A secagem deve ser feita em secadora ou passar o tecido na mesma temperatura.

Família com crianças que ainda têm algum acidente noturno ou idosos com incontinência, recomenda-se o uso de um protetor entre o colchão e o lençol para evitar que a umidade passe para a espuma. Lembre-se que a espuma é capaz de absorver umidade, e com ela, surgem as bactérias.

Manchas de menstruação também têm solução. Higienize a área com água oxigenada de 10 volumes, pois o produto é capaz de quebrar as moléculas de sangue.

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