Quando o Monte Vesúvio entrou em erupção há quase 2.000 anos, destroços do vulcão enterraram a cidade de Pompéia e criaram um lugar que permaneceu congelado para sempre no tempo.
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Hoje, a parte bem preservada de Pompéia contém uma infinidade de descobertas que continuam surpreendendo arqueólogos à medida que eles desenterram mais da cidade perdida.
Pesquisadores consideram a metrópole um dos sítios arqueológicos mais comoventes do mundo — itens intactos, como carruagens, afrescos e até grafites evidenciam como era a vida na Roma antiga antes do evento cataclísmico, e fornecem evidências de quando a erupção ocorreu.
Agora, arqueólogos procuram artefatos em Herculano, cidade próxima à Pompéia, utilizando novas tecnologias para espreitar por baixo do manto de cinzas e lama do Vesúvio e descobrir mais dos segredos mais bem guardados da história.
Inteligência artificial e arqueologia
A inteligência artificial (IA) revelou as primeiras passagens quase completas a serem decodificadas dos pergaminhos carbonizados encontrados em Herculano.
As centenas de rolos de papiro queimados, que conseguiram sobreviver à erupção do Vesúvio dentro do que os especialistas acreditam ser provavelmente a casa do sogro de Júlio César, parecem desmoronar a qualquer momento.
Mas os avanços tecnológicos estão perto de tornar possível traduzir virtualmente os pergaminhos pela primeira vez desde 79 d.C., permitindo que papirologistas interpretem as palavras do filósofo Filodemo.
“(Nestas passagens) ele está persuadindo as pessoas que o ouvem a relaxar, encontrar boas amizades, passar o tempo vivendo o momento e desfrutando dos prazeres”, disse Roger Macfarlane, professor de estudos clássicos na Universidade Brigham Young, sobre um dos pergaminhos analisados.