Com uma vitória contundente e previsível, o governador Camilo Santana (PT) foi reeleito para mais quatro anos à frente do governo do Ceará.
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Com 84% das urnas apuradas, Camilo tinha 78% dos votos, contra 12% do General Theophilo (PSDB).
Camilo foi para a disputa com um arco de alianças de 16 partidos, numa coligação que inclui de PC do B ao DEM. Ainda teve o apoio informal de outros oito, incluindo antigos oposicionistas locais como MDB, PSD e Solidariedade.
Na campanha, teve uma postura equidistante da disputa nacional, na qual seus aliados Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) se enfrentaram em candidaturas distintas. Com isso, focou suas energias na disputa local, reiterando os pontos fortes de sua gestão, como a construção de escolas em tempo integral e a melhoria dos indicadores do Ideb.
Por outro lado, teve que se defender de críticas, sobretudo na área de segurança. Foram 5.134 mortes violentas em 2017, um aumento de 50% em relação ao ano anterior. Para contrapor o petista na área de segurança, o PSDB escolheu como candidato o general quatro estrelas Guilherme Theophilo, recém-convertido à reserva e com experiência em combate à violência –ele fez parte da equipe de planejamento da intervenção federal na segurança pública do Rio.
A candidatura do general, contudo, não decolou. Além de lhe faltar um palanque nacional forte, o tucano foi criticado pelos adversários por não ter feito carreira no Ceará e, supostamente, não conhecer os problemas do estado.
Mesmo com uma família de raízes cearenses, Theophilo fez carreira fora de seu estado –nos últimos anos viveu em Manaus (AM), onde exerceu a chefia do Comando Militar da Amazônia e da 12ª Região Militar. Sua candidatura surgiu em meio a um vazio de oposições no Ceará.
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