Com direção de Rafhael Barbosa (“O que Lembro, Tenho”) e Werner Salles Bagetti (“Exu - Além do Bem e do Mal”), CAVALO é um filme híbrido, que circula entre a ficção, o documentário e a experimentação para falar sobre a memória da ancestralidade no corpo. O longa será lançado nacionalmente pela Descoloniza Filmes e pela La Ursa Cinematográfica nas salas de cinema e nas principais plataformas digitais no dia 12 de agosto. Na sequência, será programado na grade do Canal Brasil.
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Cavalo é também o termo usado nas religiões afro-diaspóricas, como a Umbanda e o Candomblé, para denominar os praticantes que são capazes de receber entidades em seus corpos. A incorporação no cavalo não é apenas mental ou espiritual – ela passa por todo o corpo. Da mesma forma, CAVALO não é um filme que tenta desvendar ou explicar a religiosidade, mas toma carona na experiência singular do corpo para acessar a memória, a ancestralidade e a construção de identidade de seus personagens
Compõem o elenco Alexandrea Constantino, Evez Roc, Joelma Ferreira, Leide Serafim Olodum, Leonardo Doullennerr, Roberto Maxwell e Sara de Oliveira. O grupo foi selecionado após um teste de elenco, e passou a conviver num intenso processo de preparação. Na proposta de criação coletiva, os protagonistas foram provocados a construir performances inspiradas pelo arquétipo do cavalo e suas muitas simbologias. Performance, dança e rito se entrecortam em três eixos narrativos.
Contemplado no Prêmio Guilherme Rogato, da prefeitura de Maceió, e contando com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual - FSA para sua realização, CAVALO é o primeiro longa-metragem fomentado por um edital público realizado em Alagoas, o que representa um marco para a política cultural do estado.
Visão dos diretores
“O contato com as histórias das personagens transformou o roteiro do filme. Nas audições, fomos confrontados com relatos muito ricos, histórias poderosas. Enxergamos nessas sete trajetórias elementos que se complementam para criar uma só narrativa”, conta Rafhael Barbosa. “Escolhemos o corpo como signo mais proeminente do filme. Nossas personagens são sete jovens artistas alagoanos, rappers, Bboys e Bgirls, dançarinos e dançarinas de diferentes gêneros. E alguns deles são cavalos, condição que potencializa a capacidade de expressão corporal”, completa Werner.
“Desde Exu (2012), temos desenvolvido um projeto artístico que se relaciona com os arquétipos dos orixás e das entidades. Uma pesquisa de oito anos que influenciou na concepção do nosso primeiro longa. Também estávamos estudando a história do Quilombo dos Palmares, uma das maiores narrativas de resistência do mundo, quando entendemos que seria instigante investigar os ecos desse passado em nossa contemporaneidade. A ancestralidade foi o caminho encontrado para expressar essa busca”, explica Werner Salles.
“O filme não tem uma narrativa clássica. Seguimos o caminho do cinema de poesia, mas sempre com uma vontade de nos conectarmos com o público por meio da sensibilidade. Num momento em que a intolerância religiosa e os diversos preconceitos avançam de maneira preocupante no país, ‘Cavalo’ é um grito poético que deve reverberar”, Rafhael enfatiza.
SINOPSE: Envolvidos num processo artístico, sete jovens dançarinos são provocados a um mergulho em suas ancestralidades.
SITE OFICIAL: www.cavalofilme.com.br
TRAILER OFICIAL: https://bit.ly/3hcgGDs
IMAGENS DE DIVULGAÇÃO: https://bit.ly/3AhCwNh
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