Os números do endividamento divulgados ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e antecipada ao EXTRA, que mostram que a população que ganha até dez salários mínimos (R$ 12.120) chegou a quase a 80% em setembro, o maior nível registrado desde o início da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), acendem dois alertas: como sair do endividamento e, diante da agonia para se livrar das dívidas, como não cair em golpe. Isso porque, segundo levantamento de julho da Serasa Experian, foram regstradas 335.040 tentativas de fraude em todo país. Com dados tão alarmantes, o EXTRA pegou dicas de como o consumidor pode se livrar das dívidas e não entrar em furada.
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Embora não esteja em período de feirão, a Serasa informa que durante todo o ano é possível renegociar por meio da plataforma Limpa Nome e de forma física nas agências dos Correios e os descontos podem chegar a até 90%.
De acordo com o educador financeiro, Tiago França, para uma pessoa sair do endividamento, ela precisa entender o motivo de ter se endividado. Segundo ele, as pessoas se endividam porque não conseguem diferenciar o que é necessidade do que é vontade.
— Então, a primeira dica para não se endividar é entender o que, de fato, é uma necessidade. Portanto, não compre por impulso — orienta França.
No caso de acabar se enrolando com dívidas, diz França, faça um mapeamento das despesas e da receita (o que ganha) para poder eliminar gastos desnecessários, reduzir contas, trocar planos de internet e celular, entre outras despesas.
Pesquisa da CNC
Entre as dívidas pesquisadas pela CNC estão: cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestações de carro e de casa.
Segundo o levantamento, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer cresceu pela terceira vez, alcançando 79,3% do total de lares no país em setembro. A alta da proporção de endividados, porém, desacelerou na passagem mensal, com incremento de 0,3 pontos percentuais, o menor aumento desde abril deste ano. Em relação a setembro do ano passado, a proporção de endividados também desacelerou, ainda com alta de 5,3 p.p., mas com a menor taxa desde julho de 2021.
Pela primeira vez na história da pesquisa, a proporção de endividados entre os consumidores de menor renda ultrapassou a marca de 80%. Entre agosto e setembro, a alta da contratação de dívidas concentrou-se entre as famílias com até dez salários mínimos de rendimentos mensais (0,4 ponto percentual).
Como mapear e se livrar das dívidas
Dicas para não cair em golpes
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