Os eleitores de Maceió que votam no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), localizando no Centro da capital, não terão dificuldades para acessar suas seções neste domingo (30) – segundo turno das eleições municipais.
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Isso porque os estudantes, que ocupam o campus desde o último dia 26, contra a PEC 241, firmaram um acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, neste domingo, liberaram as salas de aula para a votação, enquanto eles se concentram no bloco administrativo da unidade.
O subcomandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Neyvaldo Amorim, informou que há um diálogo direto com a coordenação do movimento e que a votação no campus está ocorrendo como esperada.
“Estamos com reforço habitual, mas está tudo transcorrendo na normalidade. Tivemos uma reunião na última quinta-feira com o presidente do TRE e os alunos estão fazendo o que prometeram, em desocupar os locais de votação”, disse o coronel.
Acesso dificultado no campus
Apesar de a movimentação transcorrer tranquilamente no Ifal, alguns eleitores se queixam de dificuldades no acesso à sala de votação, devido o portão principal da unidade está fechado pelos alunos.
“Percebemos que alguns eleitores estão tendo que percorrer um trajeto maior para chegar até as suas seções, principalmente aqueles que têm algum tipo de deficiência, ou mesmo os que sejam cadeirantes”, relata o mesário Romani Bezerra.
Aos 75 anos, Josefa Luna de Vasconcelos, mesmo não obrigada a votar e com dificuldades para se locomover, faz questão de sair de sua residência, no bairro do Farol, para realizar sua “cidadania”. Junto com seu esposo, Tazísio Luna, e seu filho, Christiano Vasconcelos, a idosa tem dificuldades para subir até o primeiro andar do prédio, mas isso não é um empecilho para ela.
“Hoje está um pouco mais difícil para chegar até a minha seção, mas isso não é um problema grande para mim. Enquanto eu estiver viva, eu virei votar”, afirma Josefa.
Um dos coordenadores da ocupação, Eriel Messias, de 17 anos, garantiu que os eleitores que solicitam o acesso pelo portão principal são liberados. “Não tivemos problema nenhum, inclusive, um senhor nos falou que a sua esposa tinha dificuldades para chegar até a seção, e, nós a liberamos o acesso.”
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