Cofundador da Xiaomi, Lei Jun renuncia à presidência da empresa na China

Publicado em 02/12/2019, às 11h09
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Por CanalTech

Uma mudança na gestão corporativa da Xiaomi está em curso, segundo um e-mail interno que vem circulando desde a última semana no quartel-general da empresa na China: segundo o documento, o atual presidente chinês da fabricante, bem como cofundador e chairman do comitê de diretores, Lei Jun, está deixando o cargo, em medida efetiva já em janeiro de 2020.

Os funcionários notificados agora serão chefiados por Lu Weibing, que hoje ocupa o cargo de chefe global da Redmi, uma empresa subsidiária da Xiaomi. Mais além, Lin Bin será promovido à vice-presidência da companhia, enquanto o CFO Zhou Capital agora deve assumir o cargo de presidente de negócios internacionais.

“O próximo ano será um de ofensiva para os negócios em 5G da Xiaomi, além de um ano em que a Xiaomi promoverá a união entre o telefone móvel e a Inteligência Artificial das Coisas (AIoT). Nós necessitamos de um grupo gestor mais poderoso a fim de dar continuidade à vitalidade da inovação organizacional trazida pelo sistema de rotação de quadros”, diz o documento, assinado pelo próprio Lei Jun.

“Rotação de quadros” é um mecanismo de estrutura de funcionários e gestores empregado em países com governos mais autoritários, a fim de se evitar práticas de corrupção.

Os motivos que levaram à mudança na chefia são relacionados aos recentes desempenhos da Xiaomi no mercado: de acordo com os resultados do terceiro trimestre de 2019, divulgados pela empresa, houve uma queda de 7,8% no faturamento de sua divisão de smartphones, com crescimento geral de “apenas” 5,5% — o menor desde que a Xiaomi tornou-se uma empresa pública, com listagem na Bolsa de Hong Kong, em 2018.

Foi neste momento de queda, porém, que vimos a internacionalização dos produtos da marca: somente no Brasil, seus smartphones tornaram-se mais populares, a ponto da empresa abrir duas lojas físicas em São Paulo (uma no Shopping Ibirapuera e a segunda no Shopping Center Norte).

Ainda não se sabe qual o tipo de impacto que isso deve trazer às outras lideranças globais da empresa, nem tampouco aos gestores regionais.

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