Cochilos à tarde com mais de 30 minutos aumentam o risco de derrame

Publicado em 14/04/2023, às 10h08
Foto: Reprodução/Pexels
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Por Extra Online

Quantas vezes nos sentimos tentados a tirar aquele cochilo logo depois do almoço? Saiba que resistir a esse desejo pode contribuir para a sua saúde. Especialistas alertam que sonecas com mais de 30 minutos por dia pode aumentar o risco de batimentos cardíacos irregulares — que podem culminar em um derrame cerebral.

A fibrilação atrial é uma condição cardíaca que causa uma frequência cardíaca irregular e muitas vezes anormalmente rápida. Ela afeta mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo, e os pacientes têm um risco cinco vezes maior de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral).

Para descobrir se a soneca pode estar ligada à condição, os pesquisadores analisaram dados de mais de 20 mil pessoas que não apresentavam batimentos cardíacos irregulares.

Os participantes preencheram um questionário a cada dois anos e foram categorizados em três grupos de acordo com a duração média da soneca diária: nenhuma; menos de 30 minutos; e 30 minutos ou mais.

Em comparação com cochilos diurnos curtos, aqueles que cochilavam por 30 minutos ou mais por dia tinham um risco quase dobrado de desenvolver fibrilação atrial. Enquanto isso, em comparação com cochilos curtos, o risco não foi elevado naqueles que evitaram cochilos.

Análises posteriores revelaram que o tempo ideal de soneca parecia ser entre 15 e 30 minutos, pois essas pessoas tinham um risco 56% menor de desenvolver batimentos cardíacos irregulares em comparação com aqueles que cochilavam por meia hora ou mais.

Longos cochilos durante o dia podem atrapalhar o relógio interno do corpo, levando a um sono noturno mais curto, acordando mais durante a noite e reduzindo a atividade física. Enquanto isso, cochilos curtos durante o dia podem melhorar nosso relógio biológico, diminuir os níveis de pressão arterial e reduzir o estresse.

Estes resultados foram encontrados por pesquisadores do Hospital Universitário Juan Ramon Jimenez, na Espanha, e publicados em um estudo apresentado Congresso de Cardiologia Preventiva da Sociedade Europeia de Cardiologia.

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