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ELETRIFICADOS

Cobertura eletrificada: o crescimento dos seguros para carros elétricos

Em 7 de Abril de 2024 às 22:34

Nunca se vendeu tantos carros eletrificados no Brasil. Em 2023 o país emplacou o maior número de veículos elétricos e híbridos de sua história: 93.927 emplacamentos – um crescimento de 91% sobre as vendas de 2022, que tinha sido de 49.245 veículos eletrificados, segundo dados da ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico.

Só em dezembro de 2023, as vendas chegaram a 16.279, quase o triplo das 5.587 de dezembro de 2022 (+191%), superando todos os recordes mensais da série histórica da ABVE Data.

Com mais carros eletrificados na rua, mais consumidores passaram a migrar seus seguros de veículos à combustão para veículos eletrificados (elétricos ou híbridos), assim as seguradoras já começaram a oferecer novos produtos para esses consumidores.

Segundo Gustavo Olímpio, presidente do Sincor-AL (Sindicado dos Corretores de Seguros de Alagoas), a procura tem crescido e as seguradoras estão oferecendo coberturas variadas para esse público.

Como ainda não tem dados exatos dos custos de reparação desses veículos, a maioria importados, as seguradoras ainda mantem o valor do seguro mais alto se comparado com os valores dos modelos à combustão.

“A gente tá começando a vender agora, as seguradoras estão começando a aprender, porque a seguradora só vai começar a ter ideia do custo que está cobrando quando esses carros começarem a bater.” – explicou Gustavo

Apesar da cobertura para esses novos veículos eletrificados estarem no início, algumas coberturas diferenciadas já estão sendo oferecida.

“Algumas seguradoras já estão dando algumas coberturas adicionais como falta de bateria, o segurado esqueceu de carregar, ou a carga não foi suficiente, o guincho vai lá buscar, entre outros serviços. O carro elétrico veio para ficar e as seguradoras sabem disso.” – concluiu Gustavo.

Confiança no corretor

Segundo o corretor Djaildo Almeida, da Jaraguá Seguros e também membro do SINCOR-AL, a tomada de decisão da compra do carro é do cliente, dos desejos e necessidades dele, o valor do seguro é um segundo momento, já após essa decisão. Mas ele afirma que muitos dos clientes que estão migrando para os carros elétricos fazem uma consulta ao seu corretor de confiança.

“Quando o cliente liga perguntando para tirar essa dúvida a gente tem a prova dessa relação de confiança. O cliente tem essa confiança no corretor e a gente passa todas as orientações para ele tomar a decisão. A gente explica que as corretoras já estão oferecendo condições diferenciadas.” – explica Djaildo.

Mas afinal, o seguro para elétricos é mais caro?

Como já explicado pelo presidente do SINCOR-AL, o valor do prêmio (seguro) ainda é mais caro porque as seguradoras ainda estão entendendo o mercado, além disso o valor do veículo já é mais caro que muitos modelos à combustão, o que naturalmente deixa o seguro mais caro.

Assim como todo seguro automotivo, o valor do prêmio (valor pago pelo segurado na adesão) varia não só pelo preço do carro e de seu custo de reparabilidade, mas também do perfil do condutor, local onde mora, entre outros itens. Na cobertura do carro elétrico além desses itens comuns aos veículos à combustão, são considerados também por enquanto incerteza no custo real dos reparos.

“As compahias estão se adaptando ao produto em si para atender essa demanda. As companhias não tem ainda o custo real da reparabilidade desses veículos e termina precificando para cima, entre 5 e 10%. Mas a partir dos veículos se tornarem ainda mais comuns, esse custo vai baixar.” – afirmou Djaildo

Valor na ponta do lápis

Pedimos que Djaildo realizasse uma simulação do valor de um seguro para um carro elétrico no valor de R$ 150 mil, em um perfil de segurado padrão e o valor do seguro ficou entre R$ 5.600 a R$ 17.100 dependendo muito da seguradora escolhida.

Já o valor da franquia ainda é o ponto mais caro nesse momento. Segundo o presidente do SINCOR-AL, Gustavo Olímpio a franquia do carro elétrico é mais alta principalmente por conta do valor das baterias.

“O valor da franquia é bem mais caro e não deve baixar. Já que o coração do carro elétrico é a bateria e dependendo do tipo do sinistro o custo da reparabilidade pode ser bem mais cara.” – explica Gustavo

No exemplo de um carro elétrico de R$ 150 mil, o valor da franquia está entre R$ 17.300 a R$ 22.600, podendo ser menor na opção de franquia reduzida, que seria 50% desses valores.

Corretor faz a diferença

Seja para carros elétricos ou à combustão, uma coisa é certa: faça com um corretor. Para não ter prejuízo nem na contratação nem na hora de pagar a franquia, é preciso ter um corretor de seguro que vai cotar no maior número de seguradoras para encontrar o melhor para o segurado.

“O corretor de seguros trabalha com várias companhias e vai cotar e passar as opções para o cliente. A diferença de valores do prêmio varia de acordo com a seguradora, se é mais popular ou premium e também varia de acordo com a cobertura oferecida.” – explica Djaildo

“Quem faz esse trabalho é corretor. ele vai chegar para o cliente e passar as opções. O cliente pergunta ao corretor e isso é bom. A gente fideliza o cliente e oferece as melhores opções. – conclui Gustavo

Confira o bate-papo completo sobre seguro para carros elétricos no episódio 26 do Podcast Autolive:

Reportagem: Edson Moura

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