Entre os amigos e familiares de Evaldo da Silva, Jenilza Oliveira e dos filhos do casal, que compareceram ao local do velório da família nesta segunda (9) de manhã, a sensação que predomina é a perplexidade diante do crime que deixou quatro vítimas. Os corpos ainda são aguardados no local e a previsão é que cheguem até o meio-dia.
O casal e dois filhos foram mortos a facadas, na madrugada desse domingo (8), e um terceiro filho, de cinco anos de idade, foi ferido, mas sobreviveu.
Leia mais:
Chacina de Guaxuma: polícia investiga hipótese de crime passional
Polícia já tem suspeitos de matar casal e dois filhos, no bairro de Guaxuma
"Nunca vi um crime tão brutal", diz secretário de Segurança em entrevista
Chacina: casal e 2 filhos são mortos a facadas; um filho sobreviveu
Para a família, ainda é difícil acreditar na violência empregada pelo assassino ou assassinos. Evaldo, que era conhecido como Bem-vindo ou apenas Bem, segundo seus amigos, fazia jus ao nome. “Ele era Bem-vindo, já dizia o nome. Acolhi esse povo na minha casa desde o tempo do meu pai. Eram pessoas de Deus. Esses meninos dele eram todos meus afilhados”, lembra dona Edleuza Santos, dona da casa onde ocorrerá o velório.
Segundo os familiares, fazia cerca de um mês que Evaldo, a esposa e os filhos moravam na chácara onde foram mortos, e não teriam inimigos.
Questionados sobre a possibilidade de eles terem sido confundidos com pessoas que denunciaram traficantes da região, como é cogitado pela polícia, os presentes no velório disseram não acreditar. “Não acreditamos de forma alguma. Se confundiram, iam matar também as crianças?”, disse um dos familiares.
“A gente nunca ouviu nem o comentário: ‘O filho da Maria está usando drogas ou está envolvido em alguma coisa ilícita’”, declarou a madrinha de Evaldo, Ana Carvalho dos Santos.
Filho pede para ver a família
Internado no Hospital Geral do Estado, o filho do casal que sobreviveu à chacina, de cinco anos de idade, está consciente e pede para ver a família. A informação foi passada por um médico à tia do garoto, Girlane Barros, cunhada de Jenilza. Ele passou por cirurgia, por conta do corte na cabeça, mas ainda não tem previsão de alta.
+Lidas