O médico Felipe Mendonça enviou à produção do Cidade Alerta Alagoas, nesta terça-feira, 18, uma nota de esclarecimento para se defender da suspeita de supostos erros em cirurgias de estética. Um grupo de mulheres, representadas pela Associação AME, denunciou na segunda-feira, 17, diversos casos de complicações e possíveis situações de negligência.
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Na nota, ele diz que não há comprovações legais dos supostos erros médicos, como laudos periciais, e também garante desconhecer a denúncia feita pela Associação AME. Segundo o cirurgião, complicações prós-cirúrgicas não implicam automaticamente em responsabilidade do profissional.
"Inicialmente, é importante esclarecer que, até hoje, não era de meu conhecimento a denúncia da Associação AME. Ressalto que não há nenhum tipo de laudo pericial ou qualquer evidência que corrobore com a alegação de suposto erro médico de minha parte. Tampouco condenação judicial ou ética. Complicações pós-cirúrgicas há anos são descritas pela literatura médica e previstas em Termo de Consentimento. Sua existência não implica automaticamente na responsabilidade do profissional médico, podendo decorrer por diversos fatores alheios ao ato médico", diz o médico na nota.
Mendonça ainda ressalta seu currículo, com cerca de 400 procedimentos cirúrgicos por ano.
"Desde 2009, realizo cerca de 400 cirurgias plásticas por ano, sendo membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e realizando continuamente cursos de especialização no Brasil e no exterior. Como profissional da saúde, minha prioridade é seguir as normas éticas que regem a profissão, utilizando conhecimento atualizado e me esforçando ao máximo para garantir a saúde e o bem-estar de meus pacientes. Dessa forma, reitero meu compromisso com uma prática médica ética, responsável e de alta qualidade. Sigo à disposição para sanar quaisquer dúvidas que possam surgir", conclui.
DENÚNCIAS
A advogada Júlia Nunes, presidente da associação, afirmou que foi procurada inicialmente por 15 mulheres e hoje já tem um grupo com 21. "Os relatos são de mais de 45 mulheres, que fizeram cirurgia com o mesmo cirurgião, com procedimentos estéticos que causaram danos não só físicos, mas emocionais severos", disse à TV Pajuçara.
A Associação AME acionou a Justiça e quer que a Polícia Civil de Alagoas (PC-AL)investigue se houve ou não a prática de ilicitude durante o ato cirúrgico. A reportagem procurou a assessoria de comunicação da PC para saber se houve instauração de inquérito, mas ainda não obteve retorno.
Comunicado à imprensa - A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) emitiu um comunicado à imprensa, na noite de segunda-feira, e destacou que, em casos de denúncias, o órgão vai adotar medidas para apurar a conduta do médico associado. Porém, o SBCP disse que no momento não vai comentar especificamente o caso em questão.
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