Cinco dias após tragédia, IC ainda não recebeu carta de servidora do TRT

Publicado em 24/03/2016, às 16h11

Por Redação

Cinco dias após a tragédia envolvendo a servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Cristiane Alves da Silva, que teria disparado um tiro contra a filha de 12 anos, Débora Louise Alves Cordeiro, e em seguida disparado um tiro no próprio ouvido, a carta encontrada pela polícia no local do crime ainda não chegou ao Instituto de Criminalística (IC). O órgão de investigação criminal vai analisar o teor do documento e se realmente ele foi escrito por Cristiane.

A carta é determinante para constatação de que de fato houve homicídio seguido pelo ato de suicídio. A informação de que o documento ainda não chegou até a perícia foi confirmada pelo diretor do IC, José Cavalcante.

“Até o momento a carta do caso que envolve a morte da mãe e da filha, que aconteceu no último sábado, não chegou ao Instituto de Criminalística”, disse Cavalcante.

A perita especializada em exame grafotécnico, Milena Testa, explicou para a reportagem do TNH1 que em casos criminais envolvendo homicídio e suicídio, o teste é realizado de duas maneiras: através de material questionado, que seria a própria carta de despedida, para saber se realmente foi escrita, no caso, por Cristiane. A carta também será confrontada com outras anotações em cadernos, agendas ou diários encontrados pelo perito no local do ato investigado.

A outra forma para se ter o esclarecimento é por meio de análises com materiais de padrões de confronto, que são exames feitos a partir de documentos oficiais e públicos encontrados em cartório, por exemplo, que mostrem a autenticidade da grafia da pessoa requerida.

Ainda não se tem uma previsão de quando a carta encontrada na casa de Cristiane Alves da Silva, onde aconteceu o caso de suposto homicídio seguido de suicídio, chegará ao IC. No entanto, o exame grafotécnico será realizado no setor de documentoscopia do Instituto de Criminalística. 

O TNH1 recorreu ao delegado que investiga o caso, Antônio Henrique, para saber a respeito do destino da carta e o porquê de o documento não ter chegado ainda ao órgão de perícia criminal, mas as ligações não foram atendidas.

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