Ao longo de sua história, a Terra passou por vários eventos de extinção em massa. Um conhecido exemplo é o acontecimento que acabou com os dinossauros. No entanto, o maior caso de extinção não foi essa. Mas, sim, um que ocorreu há cerca de 250 milhões de anos e ficou conhecido como “A Extinção do Permiano-Triássico” ou “A Grande Agonia”.
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Esse episódio, que teve início com a erupção de um vulcão onde hoje fica a Sibéria, resultou na morte de quase 90% de todas as formas de vida que existiam até então. Diferentemente das curtas explosões vulcânicas que observamos atualmente, esse fenômeno perdurou por pouco menos de um milhão de anos.
Um novo estudo, liderado por pesquisadores da Universidade do Tennessee em Knoxville, lançou mais luz sobre a Grande Agonia. A pesquisa saiu na revista científica Nature Geoscience.
Baseada em amostras de rochas, a equipe de cientistas analisou a litosfera (a camada exterior da Terra) para tentar entender sua composição na época da extinção. Por meio desse trabalho, os profissionais descobriram que, antes do evento catastrófico, a litosfera siberiana estava cheia de cloro, bromo e iodo. No entanto, esses elementos desapareceram depois da erupção.
Estudando seus achados, os cientistas concluíram que essa grande reserva de halogênios (grupo ao qual pertencem as substâncias mencionadas) deve ter ido para a atmosfera terrestre durante as explosões. Dessa forma, a camada de ozônio, que protege o planeta de alguns raios solares que podem ser danosos à vida, pode ter sido prejudicada por esses gases. Portanto, a conclusão final da pesquisa é que essa deterioração ajudou a acelerar o processo de extinção em massa ao fazer a camada perder sua característica protetiva.
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