Ciência do sono: veja os 5 tipos de "linguagem" ao dormir; qual a sua?

Publicado em 27/08/2023, às 13h28
Pixabay
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Por Olhar Digital

Assim como as “linguagens do amor”, também há diferentes tipos de “linguagens de sono“. Isso porque, apesar de ser uma recomendação geral que adultos durmam de sete a nove horas por noite, cada indivíduo e organismo obtém descanso e recarrega o corpo de uma forma.

Uma psicóloga do sono Shelby Harris firmou uma parceria com um aplicativo de meditação e marca de saúde mental, o Calm, para auxiliar pessoas a entenderem a melhor maneira de obter uma noite de sono de qualidade. Para isso, ela analisou hábitos em comum de diferentes pessoas e detalhou quais são as cinco “linguagens do sono” – e é importante lembrar que, segundo Harris, um mesmo indivíduo pode ter uma linguagem do sono diferente em cada momento da vida.

1. Dorminhoco talentoso

A primeira linguagem do sono definida por Harris define a pessoa que não tem problemas para dormir. Ela pega no sono rapidamente, dorme a noite inteira sem acordar e normalmente cochila até em lugares inusitados.

Segundo a postagem no Calm, pode parecer que esses indivíduos não têm com que se preocupar, mas há alertas. Se uma pessoas dorme demais, mas ainda assim não se sente descansado, isso é um problema. Já se a pessoa dorme demais porque está tentando se recuperar de privações de sono anteriores, recomenda-se uma rotina mais organizada.

2. Dorminhoco preocupado

Se você não consegue dormir durante a noite porque está preocupado com algo do dia a dia ou alguma questão a ser solucionada, você é deste tipo. Harris define que essas pessoas ficam com o “cérebro barulhento à noite” e não focam no que precisam: no sono.

"Tenho muitos pacientes que me procuram porque seus cérebros simplesmente não desligam. Se você se identifica com isso, seja claro sobre seus limites de sono e imponha limites para outras coisas, como o tempo de tela ou atividades que não sejam de contaminação cruzada no quarto, como o trabalho. Você também pode se beneficiar adicionando alguns minutos de atenção plena ou meditação ao seu dia", disse Shelby Harris.

3. Dorminhoco por rotina

Essa pessoa é aquela que deixa de fazer atividades noturnas, por exemplo, para não perder algumas horas de sono. No entanto, apesar das horas realmente contarem, a privação e a falta de flexibilidade pode não ser algo tão positivo assim.

Como dica, o Calm sugere que esses indivíduos estabeleçam algum dia da semana para “quebrar regras” do sono ou simplesmente alterem a ordem das atividades que envolvem deitar para dormir, como escovar os dentes ou vestir o pijama. Isso já daria uma flexibilidade maior à atividade.

4. Dorminhoco calorento

  • O dorminhoco calorento é a pessoa que passa muito calor durante durante a noite, seja pela própria temperatura interna, a do parceiro com quem dorme ou até por questões como menopausa, efeitos colaterais de medicamentos ou alterações hormonais.
  • Por causa do desconforto do calor, o indivíduo não consegue pegar no sono ou continuar assim durante a noite inteira.
  • Harris indica que pessoas que se enquadram neste tipo de linguagem do sono procurem um médico para entender se há algum fenômeno no organismo que possa estar causando isso, como algum tipo de alteração.
  • No entanto, se o problema for a temperatura do parceiro, a psicóloga indica dormir com roupas de cama, como edredons, separados. No entanto, no calor do Brasil, talvez seja melhor considerar dormir em lados opostos da cama.

5. Dorminhoco do sono leve

Essas são aquelas pessoas que não conseguem dormir a noite inteira porque acordam facilmente com barulhos, luzes ou até cheiros estranhos. Mesmo que consiga voltar a dormir depois, o indivíduo costuma acordar se sentindo inquieto.

É indicado que essas pessoas evitem hábitos que possam acordá-las posteriormente, como deixar o celular em um volume alto.

Sono e saúde mental

Harris revelou ao site CNET que se uniu ao Calm por causa da crise de saúde mental, principalmente depois da pandemia de Covid. Nisso, o sono tem um grande efeito: a privação pode causar ansiedade, distúrbios alimentares e até afetar a capacidade de controlar as emoções ou o raciocínio.

Segundo ela, privação de sono em geral está associada a maiores taxas de ansiedade, depressão e estresse.

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