Chamusca lamenta empate com Oeste no final do jogo: 'Erro fatal'

Publicado em 31/07/2019, às 15h24
Pei Fon / TNH1
Pei Fon / TNH1

Por Paulo Victor Malta


O técnico Marcelo Chamusca lamentou o gol de empate do Oeste, marcado aos 42 minutos do segundo tempo no jogo da última terça-feira (30), no Rei Pelé. O treinador concedeu entrevista coletiva após a partida, reconheceu a falha no momento em que a posse de bola era do CRB, mas ressaltou o desempenho dos jogadores ao longo do confronto.  

"Acabamos sofrendo um gol aos 43 minutos do segundo tempo, em um escanteio ao nosso favor, num contra-ataque. Um erro crasso, fatal, que acabou determinando o empate. Resultado ruim. A expectativa era de vencer e poder subir na tabela de classificação, mas os jogadores tentaram fazer o melhor, a competição é equilibrada e nivelada. Todos os jogos vão ser nessa batida e nesse nível. Às vezes você empate e ganha num detalhe, hoje nós acabamos empatando  num detalhe onde a gente realmente errou e deu essa condição para o adversário". 


Foto: Pei Fon / TNH1

"Mas também não podemos tirar os méritos do adversário, que sempre buscou, fez as substituições, acabou praticamente com 5 atacantes. Nós tivemos também, quando o jogo estava 2 a 1, algumas oportunidades no contra-ataque com a entrada do Willie e do Sanches, onde a gente poderia ter feito 3 a 1 e matado o jogo. Não tivemos essa eficiência, e o adversário soube aproveitar uma bola e acabou nos punindo com um empate jogando em casa, onde estávamos muito perto de conseguir vencer mais um jogo e subir 3 posições na tabela", comentou.

Com o empate em casa, o Galo chegou aos 20 pontos e ficou na sétima colocação da Série B. O Regatas segue em Maceió e se prepara para enfrentar o Cuiabá neste sábado (3), às 19h, no Rei Pelé, em jogo válido pela 14ª rodada da Segundona. 

Veja outros trechos da entrevista. 

Pontos fora de casa

"Se você observar bem a tabela da competição, a gente já fez isso. O raciocínio é o seguinte em relação à tabela. É uma ótima posição a que nós estamos, nos mantemos em sétimo lugar. Vamos jogar sábado em casa. E a gente não tem feito distinção de jogo fora e jogo em casa. Diríamos assim, o natural é você ir jogar fora de casa e, às vezes, trazer um ponto. Nós trouxemos três lá de Ribeirão Preto. Esse empate de hoje já tem a compensação dos três pontos que nós trouxemos do último jogo. E assim é a competição. Você não tem nenhum garantia que vai ganhar todos os jogos em casa". 


Foto: Pei Fon / TNH1

"Se você pegar o histórico do meu trabalho, por exemplo, em 2017, quando eu subi com o Ceará, nós empatamos vários jogos em casa. Mas qual era o diferencial? Nós ganhamos vários e buscamos muitos pontos fora de casa. Nossa ambição, não fazíamos distinção em relação a isso. O que temos que fazer agora? Tranquilidade, recuperar os jogadores, dar confiança para eles. Não fizemos um jogo ruim, fizemos um bom jogo. Tivemos o resultado muito próximo. É entender que isso faz parte da competição e a partir de amanhã começar a nos mobilizar para ter uma vitória aqui e a gente continuar subindo na competição". 

O jogo

"Fez um jogo equilibrado, soube aproveitar bem alguns espaços principalmente no primeiro tempo. Nós proporcionamos, até falei aos jogadores no intervalo, que nós tínhamos começado muito bem o jogo, com a estratégia de jogo sendo bem seguida, fazendo um jogo de imposição. Conseguimos encurralar o adversário no início do jogo, criamos algumas oportunidades interessantes, fizemos o gol. Daí em diante o adversário cresceu. Não foi um jogo, principalmente no primeiro tempo, em que a nossa primeira linha de ataque, com Léo, Felipe, Willians e Alisson, não conseguiu trabalhar como trabalhamos, por exemplo, contra Criciúma e Guarani. Foram jogos onde a gente exerceu um pouco mais de pressão na saída do adversários". 

"Eles também tinham o mérito de montar uma saída de três, com jogadores por dentro do campo, o Matheus, o Elvis... Todos jogadores com muita qualidade de jogo, os dois volantes, o Bonilha, o Betinho. Dificultaram muito o jogo para nós e em algum momento eles até tiveram uma supremacia no primeiro tempo. No segundo tempo, não. Nós voltamos com a linha um pouco mais avançada, pouco mais de pressão no portador, matamos a saída de três, começamos a sair um pouco mais rápido e acertamos os passes. Acho que foi um erro na nossa transição no primeiro tempo, onde a gente conseguia roubar a bola do adversário, e nos jogos anteriores nós tínhamos uma saída mais qualificada, acertando esse passe vertical e entrando no campo do adversário. Hoje a gente errou bastante na hora de acelerar essa bola e deu algumas oportunidades para o Oeste"

"A gente cresceu muito, tomou conta do jogo, controlou bem, fez o 2 a 1. Fiz todas as substituições possíveis, a maioria delas por questão de desgaste físico, pela sequência de jogos, viagens, tudo isso que acaba trazendo desgaste acima do normal aos jogadores. E acabamos sofrendo um gol aos 43 minutos do segundo tempo, em um escanteio ao nosso favor, num contra-ataque. Um erro crasso, fatal, que acabou determinando o empate".

Quarteto ofensivo

"Na verdade, quando eu falo que as transições não estavam entrando, a bola estava chegando nos quatro da frente. A gente não conseguia que esses 4 da frente fizessem o último passe que deixasse o companheiro em condição de finalização. Foi isso que faltou em relação aos outros jogos. A gente estava conseguindo trazer a bola, mas a maioria dos erros era envolvida no quarteto ofensivo. Não eram erros de volantes. Teve até um erro do Ferrugem no primeiro tempo, um do Claudinei, mas a maioria foi do quarteto ofensivo, que hoje, no primeiro tempo, tecnicamente, funcionou abaixo do que vinha funcionando nos jogos anteriores". 

"No segundo tempo, não, eles melhoraram no jogo. Tivemos um acerto maior de passes, criamos um número bom de finalizações, fizemos o 2 a 1, continuamos com o controle do jogo. O adversário não conseguiu criar nenhuma situação clara quando o jogo estava 2 a 1, mas aí a gente cometeu esse erro que foi determinante no empate hoje". 

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