Chacina de Guaxuma: réu nega autoria do crime e culpa uma terceira pessoa

Publicado em 24/03/2022, às 10h19
Daniel Galdino é acusado de matar quatros pessoas e tentar matar mais uma | Foto: Cortesia / Ascom MPE
Daniel Galdino é acusado de matar quatros pessoas e tentar matar mais uma | Foto: Cortesia / Ascom MPE

Por Redação TNH1

Nesta quinta-feira (24), está sendo julgado Daniel Galdino Dias, homem acusado de matar quatro pessoas de uma mesma família, sendo dois adultos e duas crianças, em uma chácara no bairro Guaxuma, no ano de 2015. O terceiro filho do casal, um garoto que tinha apenas cinco anos na ocasião, também foi atacado pelo réu, mas sobreviveu e reconheceu Daniel Dias como assassino. A sessão está sendo conduzida pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim.

Julgamento em andamento - Segundo atualização do Ministério Público, o réu Daniel Galdino Dias começou a depor por volta das 16h21. Ele nega a autoria dos crimes, atribuindo as mortes a um homem chamado Charles. Momentos depois, ele afirmou que o menino sobrevivente o conhecia. Ainda de acordo com a assessoria do MP, as testemunhas de defesa entraram em contradição nos respectivos depoimentos. O Tribunal de Justiça de Alagoas informou que a previsão é que o julgamento aconteça até esta madrugada.

A primeira testemunha que prestou depoimento foi a psicóloga Aline Damasceno, que atendeu a criança sobrevivente. Segundo a profissional, o menino contou que o assassino matou os irmãos. "E eu perguntei a ele, com o quê? Ele respondeu: de foice", afirmou.

O promotor de Justiça Frederico Monteiro questionou se havia a possibilidade de a criança ter mentido para a psicóloga, porém ela foi taxativa: "de jeito nenhum". "A criança falou mais de seis vezes, sem entrar em contradição, a mesma história", continuou.

Além dos quatro assassinatos, Daniel Galdino está sendo julgado pela tentativa de homicídio, na 9ª Vara Criminal de Maceió. 

O advogado Israel Guerreiro, que faz a defesa do réu, afirmou que a ideia é trazer a verdade dos fatos. "Trazer as provas que foram constituídas e que inocentam o Daniel Galdino. E mostrar pra sociedade, para o corpo de jurados que a imputação de um crime para alguém que não cometeu torna impune uma violência tão grande como foi a chacina de Guaxuma", disse o advogado, ao afirmar que o Ministério Público não conseguiu determinar a motivação do crime. Guerreiro disse também que o laudo da arma do crime assim como o laudo do exame de DNA nos corpos das vítimas não constataram nada. 

O caso - À época, os homicídios chocaram a sociedade alagoana e o caso ficou conhecido como a  ‘Chacina de Guaxuma’. Os assassinatos aconteceram no dia 8 de novembro de 2015, no Sítio Senhor Péo. 

Julgamento de chacina ocorrida em 2015 acontece nesta quinta-feira (24). Foto: Cortesia / Ascom MPE

De acordo com o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), Daniel Dias assassinou a golpes de facão Evaldo da Silva Santos e Jenilza de Oliveira Paz, além das crianças Estérfany Eduarda de Oliveira Santos, de nove anos, e Adrian Guilherme de Oliveira Santos, de dois anos.

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