Centro de Zoonoses diz que eutanásia em cavalos foi "necessária"

O Centro de Controle de Zoonoses de Maceió (CCZ) emitiu nota, por meio da Secretaria de Comunicação do município, na qual explica os procedimentos adotados às éguas que agonizavam no bairro Rio Novo, nesse domingo (11). Os animais foram atendidos pelo CCZ e, pela avaliação do médico veterinário, tiveram que ser sacrificadas.

De acordo com a nota, o Centro de Controle de Zoonoses tem como objetivo fazer o controle de doenças que se enquadram como Zoonoses e prezar pela saúde pública e não servir como Hospital ou Clinica Veterinária. "O ato de eutanásia, segundo a Lei 5.318/03 e todas as Leis Federais e Estaduais que regem o assunto, privatiza ao médico veterinário esta ação. Quando necessário e julgando o abreviamento desnecessário do sofrimento animal somente este profissional deve intervir e abreviar tal situação. Esta ação não envolve um sentimento emocional e sim puramente técnico" - diz a nota. 

Confira a explicação na íntegra:

Conforme procedimento padrão do CCZ, em casos como o citado na reportagem, é encaminhada uma equipe composta por multiprofissionais para avaliar e, pautada pela Lei 5.318/03, adotar todos os procedimentos legais. Os animais encontrados foram abandonados pelo proprietário sem água ou comida adequados há mais de duas semanas  e encontravam-se em avançado estágio de subnutrição e desidratação. Estavam caídos em via pública e mal conseguiam se mexer. Apesar dos esforços por parte de alguns moradores, a situação requeria um tratamento difícil, demorado e dispendioso. Infelizmente, o Centro de Controle de Zoonoses não é o local recomendado para abrigar animais que necessitem de um espaço salubre e com condições de atender por muitos dias animais em recuperação.

O Centro de Controle de Zoonoses tem como objetivo fazer o controle de doenças que se enquadram como Zoonoses e prezar pela saúde pública e não servir como Hospital ou Clinica Veterinária.

O ato de eutanásia, segundo a Lei 5.318/03 e todas as Leis Federais e Estaduais que regem o assunto, privatiza ao médico veterinário esta ação. Quando necessário e julgando o abreviamento desnecessário do sofrimento animal somente este profissional deve intervir e abreviar tal situação. Esta ação não envolve um sentimento emocional e sim puramente técnico. 

OAB/AL

A Comissão do Meio Ambiente e do Bem Estar animal da OAB/AL também emitiu uma nota, só que de repúdio pela ação desenvolvida pelo CCZ. De acordo com o órgão, apesar dos esforços concentrados para salvar os animais, o CCZ preferiu "matar" as duas éguas.

NOTA DE REPÚDIO 

Infelizmente, apesar de todos os nossos esforços para resolver o caso dos cavalos do Rio Novo postado ontem, buscando garantir alimentação para os animais e providenciar exames de mormo e anemia infecciosa, porque já havíamos conseguido uma fazenda para levá-los, o CCZ Maceió MATOU as duas éguas sob o argumento que estavam desnutridas e desidratadas (claro, abandonadas há dias).

Após notícia das mortes, fomos pessoalmente ao local para constatação e encontramos o Batalhão da Polícia Ambiental, que havia acompanhado os trabalhos com o CCZ pela manhã, e nos confirmou que o CCZ tentou adotantes para os animais no local, mas como ninguém apareceu, eles eutanasiaram as éguas, e o potrinho foi adotado por uma pessoa da região.

A CMABEA manifesta seu absoluto REPÚDIO à postura do CCZ Maceió, que mais uma vez prova que só sabe MATAR, e que APELA que a Prefeitura de Maceió em algum momento decida respeitar a VIDA. ‪#‎FECHACCZ‬