Símbolo dos raros momentos bons do São Paulo no Campeonato Brasileiro do ano passado quando comandado por Hernán Crespo, Emiliano Rigoni tem tido dificuldades para brilhar desde a troca de comando da equipe. Se antes o argentino se destacava pela polivalência, agora com Rogério Ceni não consegue corresponder, independentemente da função para a qual é escalado.
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Rigoni encerrou o Brasileiro como o jogador com mais participações em gols do São Paulo, com quatro bolas na rede e mais quatro assistências. O desempenho, no entanto, foi praticamente todo realizado sob o comando do técnico argentino. Com Ceni, foram nove jogos pela competição nacional e apenas uma assistência.
Desde pouco antes da chegada do novo treinador, ele também já acumula um jejum de 13 partidas sem marcar, o que tenta encerrar em confronto do São Paulo com o Red Bull Bragantino a partir das 21h30 desta quinta-feira (3), pela terceira rodada do Campeonato Paulista.
Nas mãos do técnico brasileiro, Rigoni atuou em diversas posições, mas poucas vezes conseguiu brilhar. Ele já atuou como meia atrás de dois atacantes, aberto pela esquerda, aberto pela direita e também como segundo atacante, fazendo par com o compatriota Calleri ou com Luciano.
Diante do Ituano, no último domingo (30), Ceni tentou algo que Crespo não havia tentado: colocar o argentino centralizado no ataque, com Nestor, Sara, Patrick, Alisson e Nikão vindo de trás. Não deu certo. Com Calleri no banco e Luciano afastado por uma lesão, Rigoni pareceu perdido na nova função. Ele deu apenas 11 toques na bola, com um chute para fora e outro bloqueado pela defesa do Ituano. Aos 35 minutos do segundo tempo, saiu para a entrada de Éder.
"É um jogador tecnicamente diferenciado. Estamos tentando encontrar o lugar onde se sinta mais à vontade. Jogou mais aberto no primeiro jogo, hoje [contra o Ituano], mais por dentro. Queremos encontrar uma posição onde ele renda como rendeu no Brasileiro do ano passado. Desde que eu cheguei, talvez ele não tenha produzido da mesma maneira como produziu", admitiu Ceni.
Nas mãos de Crespo, Rigoni costumava atuar como um segundo atacante, tendo mais liberdade para se movimentar atrás do centroavante. O argentino, contudo, jogava no esquema 3-5-2, uma formação pouco utilizada por Ceni.
O atual treinador afirmou que a tendência é jogar com uma linha de quatro defensores nesta temporada. Ceni tem preferência por formações que pedem jogadores abertos pelas pontas, com um centroavante atuando mais centralizado, sem um companheiro o rodeando.
Contra o Bragantino, Rigoni deverá estar, inclusive, fora da formação principal, já que Ceni tem efetuado testes neste começo de Paulista. A provável escalação tem Tiago Volpi, Rafinha, Miranda, Léo e Reinaldo; Gabriel, Gabriel Sara, Nikão e Patrick; Alisson e Calleri.
Luan e Luciano seguem vetados pelo departamento médico. Já Arboleda estará de volta após ter servido à seleção equatoriana nas Eliminatórias, mas, ainda assim, poderá ser preservado de parte do confronto e não tem garantido seu retorno imediato à equipe titular.
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