Durante um balanço da utilização do árbitro em vídeo (VAR) nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro apresentado nesta segunda-feira (19), a CBF prometeu liberar as imagens às quais o árbitro tem acesso a partir do segundo turno da competição.
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"Os telespectadores terão acesso às imagens do VAR. Estamos estudando a possibilidade de mostrar também no estádio, pelo telão. O público terá total ciência do que o árbitro está checando no monitor. É um projeto novo", disse o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.
Atualmente, os vídeos analisados pela arbitragem nos lances ocorridos durante as partidas não são mostrados pela televisão e nem no estádio. A transmissão de TV espera a definição dos árbitros para poder repetir as imagens aos telespectadores.
Essa transmissão daquilo que o árbitro analisa começou a ocorrer nesta temporada Campeonato Inglês. Desta forma, enquanto ocorre a revisão do lance, a transmissão oficial já mostra as imagens em questão para quem está no estádio e também para quem assiste pela TV.
De acordo com os números mostrados pela CBF, dez erros capitais passaram despercebidos mesmo com o uso do vídeo nas 14 primeiras rodadas disputadas do campeonato, 78 a menos do que a confederação afirma ter ocorrido em 2018 na mesma etapa da competição.
"É uma melhora de 90%. Eu enxergo o copo meio cheio. O auxílio do VAR é indispensável hoje em dia. Os acertos da arbitragem brasileira crescem, a reclamação dos clubes diminuiu muito", afirmou Gaciba.
Ainda segundo a CBF, o VAR foi utilizado em 851 lances, uma média de 6,12 consultas à tecnologia por partida. Foram 764 checagens em 139 jogos (média de 5,5 por partida), além de 87 revisões. As mudanças de decisões pelo uso do árbitro em vídeo, no total, chegaram a 69.
"A maioria das decisões tomadas em campo são aceitas pelo árbitro de vídeo. Foi necessária uma revisão em 10%", disse Gaciba.
Segregando pelos tipos de lance, houve 15 impedimentos corrigido para gol, oito gols validados após terem sido anulados por impedimento, 20 pênaltis marcados depois de revisão e sete penalidades desmarcadas após consulta ao VAR.
Também houve três gols anulados por uso da mão pelo atacante, cinco cartões vermelhos aplicados e dois retirados após a revisão, três erros de identificação corrigidos, dois adiantamentos do goleiro em pênalti e quatro faltas em lance de ataque. A CBF também apontou que o VAR diminuiu o tempo médio de bola rolando em 40 segundos em comparação com a temporada passada.
O tempo de revisões, de acordo com a comissão de arbitragem, ficou com 1min54seg de média e precisa ser reduzido. Na Copa do Mundo de 2018, a média foi de 1min21seg por jogo. A ferramenta do VAR custa cerca de R$ 50 mil por partida.
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