Cataratas brasileiras recebem 5 mil visitantes por dia em parque cuidado e com boa estrutura

Publicado em 01/10/2018, às 18h22
Iguaçu | Pixabay
Iguaçu | Pixabay

Por Folhapress

Diz a lenda que, ao se deparar com as cataratas do Iguaçu, a ex-primeira-dama norte-americana Eleanor Roosevelt (1884-1962) teria dito "My poor Niagara!", com pena das famosas cachoeiras que dividem o Canadá e os Estados Unidos, no estado de Nova York.
Não é certo que ela tenha visitado Foz do Iguaçu –registros da viagem ao Brasil em 1944 falam apenas do Nordeste–, mas não há dúvidas sobre por que a história se mantém viva até hoje: as cataratas brasileiras deixam qualquer um de boca aberta.

Na média, 1,5 milhão de litros d'água despencam a cada segundo, e o ronco na garganta do Diabo –a queda mais famosa, em forma de ferradura– é ensurdecedor.
De outubro a março, o volume sobe para 8,5 milhões de litros. O recorde foi de 46 milhões, em 2014 –tanta água que as atrações do parque precisaram ser fechadas por razão de segurança.
Patrimônio natural da Unesco desde 1986, Iguaçu é a única queda d'água a figurar entre as sete maravilhas naturais, e atrai cerca de 5.000 visitantes por dia num parque bem cuidado e de boa estrutura.
Das 9h às 17h, ônibus levam turistas aos pontos de visita, que incluem trilhas, rapel e o mais divertido, um passeio de barco por baixo de algumas cachoeiras, onde é possível sentir na pele a força da água.

Em todos eles, há muita planta e bicho a ser visto: os mais comuns são macacos, quatis, tucanos e gaviões, além de insetos e lagartos. O parque contabiliza 257 espécies de borboletas, 18 de peixes, 12 de anfíbios e 45 de mamíferos –incluindo onças pintadas.
Maior felino das Américas, com até 1,90 metro de comprimento e 80 centímetros de altura, a onça tem vida noturna. É raro que uma delas seja flagrada por funcionários, e não há registros de incidentes com turistas. Felizmente, também não se avistam no dia a dia as 41 espécies de cobras.

A poucos metros do portão de entrada, duas outras atrações podem completar o passeio: um sobrevoo de helicóptero e o Parque das Aves, que faz um trabalho de conservação de quase 2.000 pássaros de 150 espécies, dos quais é possível chegar bastante perto ao lado dos guias, em roteiros didáticos e bem montados.

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