Catador que perdeu a mão em explosão detalha acidente; PC diz que bomba não teria sido direcionada

Publicado em 22/11/2022, às 12h52
Reprodução/TV Pajuçara
Reprodução/TV Pajuçara

Por TNH1

Nesta terça-feira, 22, Jorge Quirino da Silva, 50 anos, o catador de recicláveis que perdeu a mão após a explosão de um artefato no Centro de Maceió, contou, em depoimento no 1º Distrito Policial (1º DP), que não tinha inimizades e que costumava coletar latinhas na localidade. A polícia acredita que o material não foi deixado propositalmente para atingir o homem.

O catador de recicláveis explicou que estava atrás de latinhas quando encontrou o saco onde o material explosivo estava guardado. Jorge disse que abriu a sacola e retirou os artefatos que estavam com fitas isolantes. Enquanto serrava o material com uma faca, sem saber de que se tratava de uma bomba artesanal, ele descartou duas bolas de gude. Em seguida, acabou soltando o explosivo no chão. "Quando me deparei com os entulhos lá, eu vi a sacola. Na curiosidade eu fui pegar para olhar e vi as bolas todas enroladas de fita e eu passei a faquinha de serra e tirei a fita. Quando tirei a fita, caíram duas ximbras. Aí eu peguei a ximbra e soltei. Quando eu soltei o restante da sacola, só vi a explosão e eu voei longe e vi o braço decepado", relata Jorge Quirino.

O catador relatou ainda que ficou atordoado com a explosão e se desesperou ao ver a mão destruída. "Ele disse que depois da explosão ficou atordoado, viu a mão dilacerada e ficou desesperado, gritando por socorro. Aí duas pessoas se aproximaram e foi aí que o Samu foi acionado", contou o chefe de operações, Alan Barbosa.

Assista ao relato de Jorge Quirino à reportagem da TV Pajuçara/RecordTV:

O chefe de operações do 1º DP, Alan Barbosa, destacou que após os depoimentos de uma testemunha na última semana e de Jorge nesta terça, além de outras diligências, acredita que o explosivo não foi colocado intencionalmente para ferir o catador. "Ele comentou que tinha a rotina de passar pelo local, não tinha criado inimizade com ninguém, com nenhum morador, então acreditamos que não foi intencional para feri-lo", disse o chefe de operações do 1º DP.

O catador passou nove dias internado no Hospital Geral do Estado e recebeu alta médica no último sábado, 19. Agora ele segue em recuperação em casa, depois de ter a mão amputada e outros ferimentos na cabeça

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