Casos de dengue caem mais de 95% em Alagoas

Publicado em 08/04/2017, às 09h00

Por Redação

Quando comparado com os três primeiros meses de 2016, onde foram registrados 4.819 casos de dengue, Alagoas obteve uma redução de 95,5% no percentual de notificações da doença, uma vez que, no mesmo período deste ano, foram computados 215 casos. Os números mostram que o trabalho de prevenção realizado pelo Governo do Estado, em parceria com os 102 municípios, tem surtido efeito positivo, mas, a recomendação da equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), é intensificar as ações de vigilância, evitando a proliferação dos focos do vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti.

Isso porque, segundo o supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, mesmo diante da diminuição dos casos de dengue no Estado, o Aedes aegypti está presente no cotidiano, aguardando apenas o momento propício para picar alguém desavisado e, principalmente, um lugar adequado para depositar seus ovos, que irão gerar centenas de outros insetos. Esses locais, explica o técnico, são as caixas d’água, potes, pneus, tonéis, calhas dos telhados, garrafas e, inclusive, pequenos copos de plástico.

“Casos esses recipientes juntem água limpa e a fêmea do mosquito deposite seus ovos, haverá o nascimento de novos insetos. Ao picarem alguém infectado pelo vírus da dengue, eles estarão prontos para disseminar o vírus da doença, ou, ainda, da zika e chikungunya, que também está presente no território alagoano, de acordo com testes laboratoriais realizados pelo Lacen [Laboratório Central de Alagoas]”, salientou Paulo Protásio, ao informar que os casos de chikungunya e zika sofreram redução no primeiro trimestres deste ano, com o registro de 25 e 12 casos respectivamente, contra 1.387 e 743 do mesmo período de 2016.

Para evitar que isso aconteça, a população deve continuar atenta e evitar o acúmulo de água parada, uma vez que, segundo evidencia o supervisor de endemias da Sesau, a gestão estadual de saúde tem atuado de forma intensa na identificação e combate aos criadouros do Aedes aegypti. Para isso, desde o início de 2015, reforça Paulo Protásio, “foram realizadas ações educativas nos municípios, campanhas na mídia, orientado a população, capacitações de profissionais de saúde e mutirões para recolhimento de entulho, lixo e pneus velhos”, enumerou.

Investimento

E para ajudar no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, a Sesau investiu em duas ferramentas que atuam como aliadas para realizar uma verdadeira varreduranas casas, prédios públicos e logradouros públicos. Por meio do investimento em tecnologia de ponta, foram disponibilizadas duas ferramentas que têm auxiliado na caça ao vetor da dengue: o Serviço de Drone e o Aplicativo Juntos pela Saúde.

O Juntos pela Saúde possibilita que qualquer cidadão possa baixá-lo no telefone e fazer a denúncia de focos do Aedes aegypti. Lançado em fevereiro de 2016, o aplicativo já foi baixado por 7.227 pessoas e recebeu 3.127 denúncias, sendo 2.529 somente na capital. Entre os 50 bairros da capital, os que registraram maior número de denúncias foram a Jatiúca, Farol, Ponta Verde, Benedito Bentes e Poço. No interior, as quase 600 denúncias partiram de Arapiraca, Marechal Deodoro, Rio Largo e São Miguel dos Campos.

Ao utilizar o Juntos pela Saúde, qualquer cidadão pode fazer uma foto ou vídeo de um criadouro e enviar o material, acompanhando do endereço. As informações são repassadas para a Secretaria de Saúde do município que originou a denúncia, onde os agentes de endemias irão até o local para averiguar a veracidade e, com a confirmação, adotar as medidas para eliminar o foco, seja pela forma mecânica ou química.

Já com o Serviço de Drone, imagens aéreas são captadas de casas e prédios residenciais e públicos. Ao serem detectados focos do Aedes aegypti, por meio de imagens de alta definição, os agentes de endemias entram em campo para eliminar os focos do mosquito. O equipamento, que tem capacidade de ascender a uma altura de um quilômetro e pode se deslocar em até cinco quilômetros de raio, pode sobrevoar áreas de difícil acesso e filmar recipientes que possam acumular água, como piscinas, caixas d’água destampadas, garrafas ou pneus.

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