O defensor público Roberto Alan afirmou à Rádio Pajuçara Arapiraca, em entrevista nesta sexta-feira (4), que a perícia da faca utilizada como arma no homicídio do professor e suplente de vereador por Arapiraca, Vandiele da Silva Araújo Rocha, e a versão de uma testemunha serão fundamentais para a polícia e a Justiça chegarem à verdade dos fatos.
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Os suspeitos do crime são Wallaph Magno Almeida de Souza e Cléber José de Sousa Braga. Wallaph foi preso dia 5 de setembro em Arapiraca, mas teve a liberdade provisória concedida pela Justiça dias depois, enquanto Cléber foi detido pela polícia de São Paulo uma semana mais tarde, no Litoral Paulista. As versões de ambos se contradizem sobre quem teria cometido o homicídio. Para o advogado Roberto Alan, a perícia da arma e o depoimento de uma testemunha devem ajudar a elucidar o crime.
"Eu acredito que o Dr. Everton (Gonçalves, delegado responsável pela investigação) vai dar uma prioridade a esse inquérito, até pela repercussão e também porque o outro acusado encontra-se preso, e o prazo é mais curto. Perícia na faca é fundamental. Quem desferiu o golpe está com suas digitais na faca. Inclusive o Wallaph me solicita: 'Dr, peça a perícia na faca, porque eu não botei a mão nessa faca'. Perícia, a testemunha que estava lá... Juntando esses elementos, quando chegar em juízo, a gente vai conseguir chegar na verdade e dar uma satisfação tanto para a sociedade como para a família da vítima. E é o seguinte, quem fez é que responde pelos seus atos. Essa vai ser a dinâmica desse processo", analisou o defensor público.
Em contato com a reportagem, o delegado Everton Gonçalves disse que possivelmente na próxima semana a polícia deve fazer uma acareação entre os suspeitos e cobrar os laudos periciais.
Entenda o caso
O professor e suplente de vereador por Arapiraca, Vandiele da Silva Araújo Rocha, foi encontrado morto com marcas de facadas, dentro de uma residência situada na Rua Pedro Lopes, no bairro São Luiz, em Arapiraca. Os autores do crime teriam levado o carro da vítima, um Up branco. O veículo foi encontrado queimado no dia seguinte, em uma estrada vicinal no Sítio Capricho, zona rural do município de Igaci.
De acordo com testemunhas, o corpo de Vandiele foi encontrado por um amigo, que dormia na mesma casa da vítima e contou que não ouviu barulho durante a madrugada. Para a polícia, ele teria revelado que os dois haviam ido para um evento na última noite e, antes de chegarem em casa, passaram em um bar e depois em um posto de combustível para comprar cerveja. No setor de conveniência do estabelecimento, eles conheceram duas pessoas e Vandiele teria convidado a dupla para beber na casa dele. O amigo disse que após algum tempo foi dormir e deixou o professor com os convidados. Ao acordar, ele se deparou com o cadáver.
O primeiro suspeito do crime, Wallaph Magno Almeida de Souza, de 25 anos, foi preso no dia 5 de setembro após negociar sua rendição com a polícia. No dia 12 de setembro, a Justiça concedeu liberdade provisória a Wallaph Magno Almeida de Souza. O Juiz da 8ª Vara Criminal de Arapiraca, Geneir Marques de Carvalho Filho, decidiu determinar a expedição de alvará de soltura para o assistido, ordenando que ele passe a usar tornozeleira eletrônica, além de outras medidas cautelares.
No dia 18 de setembro, a polícia de São Paulo prendeu no litoral paulista Cléber José de Sousa Braga, identificado como segundo suspeito do crime. Cléber disse não ter esfaqueado o professor, o que contradiz a versão apresentada por Wallaph Magno Almeida de Souza.
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