O julgamento de Alisson José Bezerra da Silva, 46, que está sendo realizado nesta terça-feira, 6, no Fórum da Capital, no Barro Duro, teve o forte depoimento de Ana Beatriz, de 15 anos, filha do réu com Maria Aparecida Bezerra. Ana afirmou que o relacionamento dos pais era tóxico e que Alisson tinha histórico de agressão contra ela, o irmão, 12, e a mãe, 54, que foi assassinada a facadas em julho de 2022, no bairro do Antares, em Maceió.
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As informações foram divulgadas à imprensa pela assessoria de comunicação do Ministério Público do Estado de Alagoas, que acompanha o julgamento. Veja alguns trechos destacados pela assessoria:
*Os trechos acima foram relatados pela assessoria do MP-AL.
Defesa convocou psiquiatra - Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do MP-AL, a defesa de Alisson José Bezerra da Silva convocou um psiquiatra, dentre as oito testemunhas de defesa, para depor e tentar comprovar que o réu teria problemas psiquiátricos graves. No entanto, quando o profissional de saúde entrou no Tribunal, o réu teria dito que nunca o viu antes.
A defesa tentou ressaltar com isso que ele tinha tantos problemas psiquiátricos que não reconhecia o médico. Já a acusação mostrou nos autos que, em nenhum momento, há laudos confirmando tais problemas. E, quando indagado, o médico disse que o réu chegara ao seu consultório triste e com características de que poderia estar num quadro depressivo. Em meio às polêmicas sobre o depoimento, o júri decidiu dispensar o psiquiatra como testemunha. O nome do profissional não foi divulgado.
O juiz responsável pelo caso é Yulli Roter. Ao ser interrogado, ele confirmou ter matado a mulher, mas disse que não se lembrava como.
Relembre o caso - Alisson matou a companheira a facadas no final da manhã do dia 21 de julho de 2022, em um conjunto residencial no bairro do Antares, na parte alta de Maceió. Maria Aparecida Bezerra, de 54 anos, foi morta com golpes de faca pelo marido, de 44 anos. A vítima já havia trabalhado como policial militar, mas tinha pedido baixa para se dedicar à advocacia.
No dia em que o crime ocorreu, Aparecida estava tentando levá-lo para um tratamento em uma clínica, uma vez homem estaria em profunda depressão. Houve discussão e ele a matou. O acusado ligou para uma tia, que foi ao local e o encontrou ao lado do corpo da vítima. Em seguida, Alisson desferiu, com duas facas peixeiras, ferimentos no próprio tórax e pescoço, mas sobreviveu e agora responde pelo crime.