A Justiça de Alagoas decidiu pela manutenção da prisão preventiva do delegado da PC de Alagoas, Daniel Mayer, preso por fraude processual, revelação de sigilo funcional e abuso de autoridade no caso Kleber Malaquias. A decisão foi tomada ainda na quarta-feira (18), mesmo dia da prisão, depois de análise da juíza Eliana Augusta Acioly Machado de Oliveira da 3ª Vara Criminal de Rio Largo.
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Para negar a soltura do delegado, a magistrada argumentou a possibilidade concreta de manipulação de dados dos procedimentos criminais durante o período em liberdade do alvo e, neste momento, uma medida mais branda, segundo ela, se torna "impossível".
A Justiça também autorizou a expedição dos mandados de busca e apreensão, visando a apreensão de anotações, papeis, documentos, celulares, computadores, equipamentos, mídias e outros objetos que interesse ao processo. O cumprimento dos mandados deve ser feito em três endereços indicados para busca de objeto de provas.
O Poder Judiciário também autorizou a quebra de sigilo telefônico no aparelho celular de Daniel Mayer referente aos últimos cinco anos. As instituições bancárias também devem fornecer, a pedido da Justiça, as contas vinculadas aos números do delegado. Dados de latitude e longitude do acesso ao internet banking também devem ser passados.
Daniel segue preso por tempo indeterminado. A prisão dele ocorreu na véspera do julgamento do Caso Kleber Malaquias, empresário morto em 2020 no município de Rio Largo. Agora, o júri popular foi adiado para fevereiro de 2025 a pedido do Ministério Público do Estado de Alagoas.
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