Caso Kleber Malaquias: como fica júri popular após prisão de delegado?

Publicado em 18/09/2024, às 12h04
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal

Por João Arthur Sampaio

A manhã desta quarta-feira (18) começou com uma reviravolta na investigação do caso da morte do empresário Kleber Malaquias, com a prisão do delegado responsável pelo caso, Daniel Mayer, pela Polícia Federal, após mais de quatro anos do crime que ocorreu na cidade de Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió. 

No entanto, uma pergunta permeou a cabeça dos que acompanharam a repercussão do assassinato desde quando aconteceu: o júri popular, marcado para essa quinta-feira (19), ainda vai acontecer?

Segundo informações da assessoria do Tribunal de Justiça de Alagoas, até o final da manhã desta quarta (18), sim, o julgamento deve ocorrer normalmente. No entanto, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) informou que vai pedir o adiamento ainda hoje.

O MP também repassou que, no momento, os promotores do caso, Lídia Malta e Kleber Valadares, preferem não entrar em detalhes, uma vez que os peticionamentos ainda estão sendo concluídos.

O júri

Os réus José Mário de Lima Silva, Edinaldo Estevão de Lima e Fredson José dos Santos vão a júri popular nesta quinta, por serem acusados de matar Kleber Malaquias de Oliveira, em 2020. O julgamento estava marcado para 17 de julho deste ano, mas foi adiado. 

Os acusados serão julgados por homicídio qualificado pelo Tribunal do Júri, a partir das 8h30, no Fórum do Barro Duro. O julgamento será conduzido pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal de Maceió.

Segundo os autos, a vítima era conhecida por denúncias contra políticos e autoridades, sendo esta a possível motivação do crime. Além dos acusados, outros três envolvidos, Marcelo José Souza da Silva, Jefferson Roberto Serafim da Rocha e Marcos Maurício Francisco dos Santos, ainda serão julgados.

A prisão do delegado

O delegado Daniel Mayer, então responsável pelo inquérito policial, foi preso hoje pela Polícia Federal (PF), suspeito de induzir o Ministério Público Estadual (MPAL) ao erro. Ele ocupa cargo de gestor na Diretoria de Polícia Judiciária (DJP1). 

Até o fechamento da matéria, a assessoria da Polícia Civil de Alagoas ainda não havia se pronunciado sobre o caso.

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