Caso Hudson Melanias: acusados de assassinato são condenados a mais de 22 anos de prisão

Publicado em 09/02/2022, às 09h41
Hudson Melanias | Arquivo
Hudson Melanias | Arquivo

Por TNH1 com informações da Ascom TJAL

O julgamento do assassinato de Hudson Melanias, 25 anos, foi encerrado no fim da noite dessa terça-feira, 08, com as condenações dos réus José Ednaldo dos Santos Silva, a 25 anos e 6 meses de reclusão, e Jackson de Sousa Lima, a 22 anos e 9 meses de reclusão.

Hudson Melanias foi encontrado morto em 30 de dezembro de 2020, no Povoado Sapé, no município de São Sebastião, Agreste alagoano. 

O júri popular foi conduzido pela juíza Lígia Mont'Alverne Jucá Seabra, titular da unidade judiciária. Ao fixar a pena, a magistrada apontou que o crime foi cometido por motivo fútil, uma vez que os réus teriam se desentendido com a vítima por motivo de pouca relevância.

“O crime foi praticado em local ermo, no qual sequer seria possível que alguém ouvisse eventual pedido de socorro, ou tentasse, de alguma forma, evitar a consumação do delito, retirando completamente a chance da vítima escapar da trama elaborada para dar fim à sua vida”, ressaltou a juíza.

Os réus deverão cumprir a pena em regime inicialmente fechado e continuarão presos, sem o direito de apelar em liberdade.

O julgamento, de início, estava marcado para ser realizado no dia 19 de novembro de 2021, porém foi adiado após solicitação da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), para a suspensão dos atos e prazos processuais para que todos os advogados participassem das eleições da entidade.

Entenda o caso - De acordo com os autos, o crime ocorreu em uma estrada pertencente ao Município de São Sebastião e teria sido motivado por discussões entre o Hudson e os réus, que teriam se sentido humilhados pela vítima. Os acusados teriam bebido com a vítima e outros rapazes durante a madrugada do dia 28 para 29 de dezembro e tiveram alguns desentendimentos.

Depois de beberem em dois postos de combustível e na casa de uma outra testemunha, os acusados teriam dito que iriam para uma casa de praia para continuarem bebendo com a vítima e que iam pegar a chave na casa da sogra de José Edinaldo. Na volta da casa da sogra, eles teriam parado o carro alegando que iriam urinar. Neste momento, os réus agrediram e degolaram a vítima. Um dos rapazes que tinha pegado carona com os réus viu o assassinato e, ao prestar depoimento, contou que foi avisado que se tentasse impedir seria assassinado também. 

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