A defesa do réu Judarley Leite Oliveira, acusado de matar o modelo Eric Ferraz em uma festa de Réveillon no dia 1º de janeiro de 2012, pretende alegar a tese de legítima defesa putativa, caso o júri decida pela condenação.
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Judarley foi interrogado nesta quarta-feira (9), durante júri em que responde pelo homicídio, no Fórum da Justiça Estadual no Barro Duro, em Maceió. “Quem cometeu o delito foi eu. Eu assumi desde o começo”, disse, isentando o irmão de ter atirado contra a vítima. Ele afirmou ter utilizado 5 balas.
De acordo com o advogado de Judarley, Welton Roberto, essa tese existe no Código Penal e prevê que o autor de um crime pode ter agido em defesa própria por ter imaginado uma reação da vítima. “Se tivessem ocorrido os fatos, autorizariam o agente a fazer o que fez. Quando [Judarley] atira no Eric, ele pensa que o Eric está armado, porque alguém disse que ele estava armado”, relatou em entrevista ao TNH1.
O defensor alega ainda que a confusão que terminou com a morte de Eric foi iniciada pela vítima, e envolveu o irmão de Judarley, o policial civil Jaysley Leite. “Eric chegou a tirar satisfação com o irmão dele, porque a namorada disse ter sido paquerada. A primeira ação do Judarley não foi atirar, ele deu um soco, não usou a arma no primeiro momento. Quando alguém grita que o Eric está armado, ele reage usando a arma”, argumenta.
A testemunha José Alex Ferreira afirmou que viu apenas Jaysley efetuar disparos com arma de fogo. Por outro lado, a testemunha Manoel Roque dos Santos afirma ter visto Judarley atirar, mas não Jaysley. Ambas as testemunhas eram amigos de Erick.
Além da morte de Erick, o acusado responde por tentativa de homicídio contra Érica Ferreira da Silva, também atingida por disparos de arma de fogo na ocasião.
Welton também nega haver as qualificadoras do crime apontadas pelo Ministério Público, como a surpresa da vítima ao ser atingida pelo primeiro tiro. “O Eric sabia que o Judarley estaria armado, as pessoas que depõem disseram que já teriam alertado”, diz.
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