Mais de uma semana após as mortes do músico Eduardo Henrique Athayde e da advogada cearense Dayana Maria Monteiro, a polícia ainda não ouviu os familiares do baterista. Dudu Athayde, como era conhecido, e Dayana, foram encontrados sem vida, com marcas de tiro, na residência do músico, no último dia 18.
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Em entrevista ao Portal TNH1, a delegada Simone Marques, da Delegacia de Homicídios, e responsável pelo inquérito, informou que os parentes do ex-baterista da banda de axé Cannibal devem prestar depoimento a partir da próxima semana, já que por conta do regime de plantão a que foi submetida, o andamento das oitivas emperrou. "Os familiares dele serão ouvidos e acredito que na segunda semana do mês de janeiro teremos algo mais concreto”, disse.
Segundo ela, a apuração feita pela equipe plantonista no dia que o caso veio à tona indicou que Dudu Athayde teria matado Dayana e depois cometido suicídio. Porém, Marques afirmou que as circunstâncias das mortes serão esclarecidas após o procedimento da perícia.
“Não há informações sobre uma terceira pessoa. Tudo indica que ele a matou e depois tirou a própria vida, mas aguardamos o prazo de entrega dos exames periciais, que seria de 10 a 20 dias, para ter mais profundidade no caso”, destacou a delegada.
Marques também informou que uma amiga da advogada, que mora no Ceará e veio para Maceió logo após ser informada da morte de Dayana, prestou depoimento à polícia. “Ela afirmou desconhecer o relacionamento entre os dois, então seguimos sem saber se eles já teriam envolvimento antes ou se conheceram no fim de semana que a Dayana estava em Maceió”, relatou.
Sobre o músico apresentar sintomas de depressão, a delegada destacou que nenhum documento que comprove o quadro clínico foi apresentado para a polícia. “Consta no relatório que o músico tinha uma insatisfação pessoal, mas ainda não podemos confirmar se ele estava com depressão ou não", finalizou.
O caso
Dudu Athayde e Dayana Monteiro foram encontrados mortos em uma cama num estúdio musical dentro da casa do baterista, no Farol, no último dia 18. Segundo a polícia, o corpo da mulher apresentou uma marca de tiro no meio da testa, enquanto o músico tinha uma perfuração causada por bala próximo ao ouvido. Ele foi encontrado com uma pistola na mão direita.
Dayana era advogada e natural do Ceará. Ela teria vindo a Maceió no fim de semana que antecedeu sua morte. Não se sabe se ela havia marcado um encontro com Athayde.
O músico que atuou como baterista da banda Cannibal por mais de 10 anos, também já havia se apresentado com o cantor alagoano Djavan.
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