Caso Danilo: Polícia Civil emite nota sobre acusações de agressão e tortura psicológica em depoimento

Publicado em 16/10/2019, às 13h17
Reprodução TV Pajuçara
Reprodução TV Pajuçara

Por TNH1

A direção da Polícia Civil de Alagoas emitiu nota na tarde desta quarta-feira, 16, rebatendo acusações de agressão e tortura psicológica feitas pela mãe e padrasto do menino Danilo Almeida, de 7 anos, assassinado na semana passada, no bairro do Clima Bom, em Maceió. Hoje, o casal esteve na  Defensoria Pública do Estado para pedir apoio nos próximos depoimentos que possam ser prestados à Polícia Civil.

A direção da PC afirma que "qualquer desvio conduta na institução são devidamente apuradas, desde que comunciadas oficialmente" e que possuiu canais internos para esse tipo de denúncia. 

Na nota, a PC afirma, ainda, que a mãe e o padrasto do menino Danilo foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a pedido da psicóloga que ouvia o irmão gêmeo do garoto morto, para se obter "uma contextualização mais ampla das pessoas que tinham uma relação mais próxima com a vítima", diz o texto.

Leia a nota na íntegra:  

Nota de esclarecimento

A direção da Polícia Civil de Alagoas, em virtude de acusação de supostas agressões, atribuídas a policiais civis, e que teriam ocorrido em uma delegacia de polícia da Capital, esclarece que quaisquer denúncias envolvendo possível desvio de conduta de integrantes da instituição são devidamente apuradas, desde que comunicadas oficialmente.

Adianta ainda que a mãe e o padrasto do menino Danilo Almeida, de 7 anos, foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a pedido da psicóloga que ouvia o irmão gêmeo do garoto morto, pois ela queria ter a contextualização mais ampla das pessoas que tinham uma relação mais próxima com a vítima.

A Polícia Civil de Alagoas esclarece também que possui dois canais internos para onde podem ser encaminhadas tais denúncias: a Corregedoria de Polícia Civil, localizada na Avenida Comendador Leão, no bairro do Poço, e a Ouvidoria de Polícia Civil, situada no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), na Avenida Gustavo Paiva, em Mangabeiras.

A denúncia

José Roberto e Darcinéia Almeida, padrasto e mãe do menino Danilo, respectivamente, afirma ue foram pressionados a confessar participação no crime, durante depoimento prestado entre a noite de ontem e madrugada de hoje, na sede da Delegacia de Homicídios (DH). Afirmam ainda que sofreram agressão e tortura psicológica para que dissessem que o padrasto foi o autor do crime.

De acordo com José Roberto, por volta das 20h os policiais chegaram à casa dele e o levaram até a casa da sogra, depois à oficina onde ele trabalha, e passaram um bom tempo circulando pelo bairro, até por volta das 11h, quando ele foi levado à sede da DH, no bairro Chã de Bebedouro.

A mulher, Darcinéia, foi levada antes, para prestar novos esclarecimentos. "Eles perguntaram várias coisas, que eu nem sei responder. Só fui encontrar minha esposa depois de muito tempo. Disseram a ela que eu tinha confessado e ia fugir", relatou em entrevista à TV Pajuçara.

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