José Roberto de Morais, o padrasto acusado de matar o enteado, Danilo de Almeida Campos, de 7 anos, no bairro Clima Bom, em Maceió, no ano de 2019, foi condenado a 51 anos e onze meses de prisão. Ele foi julgado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego do meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima), estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e denunciação caluniosa. O julgamento aconteceu desde a manhã desta quinta-feira, 3, na 7ª Vara Criminal de Maceió, no Fórum de Justiça, no Barro Duro, em Maceió, e a sentença foi lida pelo juiz Yulli Roter Maia no começo da noite de hoje.
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Durante o julgamento, o representante do Ministério Público do Estado no júri popular do 'Caso Danilo', o promotor de Justiça, Thiago Riff, afirmou que José Roberto de Morais mente e cria situações para incriminar a mãe da criança. O promotor ainda ressaltou a ousadia do réu em criar a personagem da mulher de cabelo verde e inventar que a companheira trabalhava com magia negra.
"Ele mente, cria situações para incriminar a mãe da criança. Um menino de sete anos, abusado, vítima de um homem do qual jamais poderia se defender. Todas as provas estão nos autos, havia sêmen no anus do menino, o réu teve a audácia de caluniar dois delegados, afirmando que o torturaram. Vocês estão aqui para fazer justiça, esse crime será evidenciado por muitos anos e, as nossas crianças, e ainda as que estão pra nascer, precisam ser respeitadas. Apresentamos quatro qualificadoras, o réu já tem histórico de violência e já foi condenado por outro crime. Senhores, é preciso que ele seja condenado para servir de exemplo, para que outras crianças não passem por isso", afirmou Thiago Riff.
O caso - O crime ocorreu no dia 11 de outubro de 2019. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), o menino Danilo foi abusado sexualmente no interior da oficina de bicicletas do padrasto. Ainda segundo a acusação, José Roberto estrangulou a vítima e desferiu golpes na cabeça da criança, levando-a a óbito.
O corpo de Danilo foi encontrado apenas no dia seguinte, em uma viela no bairro Clima Bom, na capital. Em depoimento, José Roberto negou envolvimento no crime. Disse que no dia do ocorrido não chegou a ver a criança.
O réu foi pronunciado em novembro de 2021 por estupro de vulnerável, homicídio qualificado, ocultação de cadáver e denunciação caluniosa, por haver supostamente coagido a mãe da vítima a dizer que haviam sido torturados por integrantes da polícia. José Roberto encontra-se em prisão preventiva desde 2020.
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