A Comissão de Delegados que investiga a morte do garoto Danilo Almeida, de 7 anos, no Dia das Crianças de 2019, indiciou e pediu a prisão do padrasto do menino, José Roberto de Morais. Danilo foi encontrado morto no bairro onde morava, no Clima Bom, com marcas de facadas . Os detalhes do crime foram passados na manhã desta terça-feira, em entrevista coletiva. José Roberto Morais responderá pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, estupro de vulnerável e denunciação caluniosa. José Roberto já se encontra detido, em cumprimento à prisão preventiva em inquérito em que ele é suspeito de estuprar uma enteada de 10 anos de idade, filha de uma ex-esposa dele.
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“Ele já havia estuprado uma garota de dez anos de idade no município de Arapiraca. As circunstâncias são muito parecidas entre os dois casos. O que a gente pode dizer é que aquela garota à época acabou escapando de talvez de um mal bem pior”, informou o delegado Fábio Costa, que integra a comissão junto com os delegados Thiago Prado e Eduardo Mero.
Ele indicou ainda a contradição do padrasto em suas versões para o crime durante os depoimentos. “Em nenhum momento ele confessou em todos os detalhes a prática do crime, mas quando fazíamos perguntas contundentes ele caía em contradição. Quando falava uma coisa, a sua companheira dizia outra, os horários não batiam, enfim, o comportamento dele não era compatível com o desaparecimento do garoto. Quando a gente o confrontava com essas informações, ele se limitava a baixar a cabeça e ficar em silêncio porque não conseguia responder e diluir as nossas dúvidas”, prosseguiu.
“No bojo desse relatório, dessa conclusão, nós representamos pela prisão preventiva do padrasto. O Ministério Público ofereceu denúncia indo de encontro às investigações e o que a gente espera é que o Poder Judiciário decrete mais uma prisão preventiva em desfavor dele, concluiu o delegado Fábio Costa.
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