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Caso Braskem: técnicos revelam fato novo em audiência pública na Câmara dos Deputados

Em 13 de Dezembro de 2023 às 07:00

Na audiência pública da Comissão que monitora o colapso do solo em Maceió, ocorrida nesta terça-feira (12), na Câmara dos Deputados, técnicos dos órgãos de fiscalização exibiram imagens de satélites indicando que o afundamento provocado pela extração de sal-gema se iniciou em 2004, o que é uma novidade na apuração do caso.

Os técnicos revelaram, ainda, que o problema se agravou por conta da negligência dos órgãos fiscalizadores.

“Essa informação ficou muito clara e mostra que só chegamos a esse estágio trágico por conta da leniência dos órgãos de fiscalização. Tudo isso poderia ter sido evitado”, disse o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) coordenador da Comissão e presidente da audiência.

Lembrando a situação das vítimas do desastre ambiental o parlamentar citou pescadores e marisqueiras:

“A Braskem, com sua ganância irresponsável, prejudicou a vida de mais de 60 mil pessoas, retiradas de suas casas, de seus comércios, das praças, das igrejas, dos lugares que amavam, não por vontade própria, mas porque o crime impôs isso a todas elas. E, hoje, enquanto agentes políticos, precisamos de soluções para todas as vítimas, principalmente para os recém atingidos com os novos colapsos, como os pescadores, as marisqueiras, e todos que estão nas bordas desse crime.”

Alfredo Gaspar encerrou sua fala responsabilizando a Braskem, seus controladores, executivos e todos que participaram direta ou indiretamente da maior tragédia socioambiental no país. “Eles têm uma dívida considerável com Maceió e seu povo, e eu espero que tenham a responsabilidade de nunca mais operar em áreas habitadas. Esse crime tem culpados, e todos devem ser responsabilizados”.

Além dos deputados Alfredo Gaspar e Marx Beltrão, presencialmente, participaram online os deputados Fábio Costa e Rafael Brito, membros da Comissão.

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