Mais de 20 dias depois do abandono de uma égua, no bairro de Ponta Verde, em Maceió, a Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) identificou e intimou a depor o carroceiro que era responsável pelo animal. O condutor da carroça puxada pela égua confessou que bateu nela e alegou que praticou os maus-tratos porque ela estava doente. A informação foi confirmada pela assessoria da PC-AL na manhã desta sexta-feira, 23.
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A investigação da Delegacia dos Crimes contra o Meio Ambiente teve acesso às imagens da violência contra o animal, ouviu testemunhas e logo encontrou o paradeiro do carroceiro. Segundo a agente Mithyan Tavares, chefe de operações da delegacia, ao ser ouvido, o homem confirmou ser o tutor da égua há cerca de um ano e, devido à questão financeira, resolveu utilizar o animal para serviço de carga, mesmo sabendo que ele estava doente.
“Ele confirmou ter batido no animal após ter caído na rua na tentativa de que ele levantasse e que o abandonou devido a ter recebido xingamentos e ameaças de populares diante da situação”, disse a agente, ao destacar também que, na ocasião, pessoas presenciaram a queda do animal que, além de estar com um ferimento no dorso, estava exausto e com fome.
A Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) recolheu o equino e o conduziu para atendimento veterinário na Ufal/Viçosa, onde o Grupo de Pesquisa e Extensão em Equídeos e Saúde Integrativa, segue tratando e recuperando o animal.
Diante dos fatos, o procedimento policial foi concluído e será remetido à Justiça pelo delegado Robervaldo Davino, titular da delegacia. A ocorrência resultou na confecção de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de maus tratos contra animais (artigo 32 da Lei dos Crimes Contra o Meio Ambiente).
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